Prossegue a saga à volta de Luka Jovic e da sua saída à rua em Belgrado, desrespeitando a quarentena que lhe tinha sido imposta. O avançado desculpou-se, alegando que as autoridades não o tinham informado em relação aos procedimentos e cuidados a ter.
Porém, surgem agora relatos de que o jogador sabia das condições que tinha de respeitar quando entrou na Sérvia, na passada sexta-feira, e terá mesmo assinado um documento que vincava que teria de permanecer isolado no seu apartamento, em Vracar, no coração de Belgrado.
O referido documento, que é assinado por todas as pessoas que, tal como Jovic, reentram na Sérvia durante este surto do novo coronavírus, além de informações sobre comportamentos a ter, regista dados pessoais como nome, morada e contacto telefónico.
De acordo com o documento, para além de cumprir um período de quarentena obrigatória em isolamento doméstico, todas as pessoas que reentram em território sérvio têm de notificar o Instituto Sérvio de Saúde Pública por telefone de quaisquer alterações que possam apresentar, de forma a monitorizar o seu estado de saúde.
A violação do documento levou a que Jovic esteja agora alvo de um processo criminal por parte do Ministério Público da Sérvia. A própria primeira-ministro do país repreendeu o ato irresponsável do jogador e o Presidente da República da Sérvia ameaçou prender Jovic e outros que tenham procedido de forma idêntica caso voltem a quebrar a quarentena que lhes foi imposta.
As autoridades e a opinião pública sérvia parecem determinadas a não desculpar o avançado do Real Madrid, salientando que mesmo que este não tenha lido o documento que assinou, deveria estar mais do que ciente das medidas que estão a ser impostas no país, não faltando informação sobre as mesmas.
Estima-se que cerca de 45 mil sérvios tenham regressado ao país durante a crise do Covid-19. Ao todo, há mais de um milhão de emigrantes sérios espalhados pelo mundo, correspondendo a quase 14% da população total.
Na Sérvia foram ainda confirmados apenas 118 casos positivos de Covid-19, não havendo ainda registo de qualquer morto.
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