Ao que parece, a grande bolha do futebol chinês parece estar a chegar ao seu limite. A federação do país impôs um imposto de 100 por cento sobre o valor total das contratações estrangeiras para aqueles clubes que têm em contas em vermelho, reduziu para três jogadores estrangeiros por jogo e está obcecada com melhor o nível da academia para jovens jogadores chineses.
A Confederação Asiática, através da Federação chinesa, avisou a 13 dos 16 clubes da Superliga que têm de pagar todas as dívidas até ao dia 1 de agosto. Caso contrário, não podem participar nas competições continentais até 2018, podendo ainda ser castigados na liga doméstica. Essas sanções podem ir de perda de pontos até multas, alertando ainda que, em casos extremos, podem ser retirados da competição.
Os três clubes que não estão abrangidos por este alerta são o Yanbian Fude, Hanan Jianye e o Guizhou Hengfeng. O Guangzhou Evergrande, orientado por Felipe Scolari e o Shanghai SIPG, de André Villas-Boas, fazem parte da lista negra.
Os clubes visados, que comprometeram a pagar salários exorbitantes aos seus jogadores, atravessam agora grandes dificuldades para cumprir. Recorde-se que o jogador mais bem pago do mundo, Carlos Tévez, joga na Superliga e recebe 40 milhões de euros por ano. Este tipo de problemas arrasta-se até ao segundo e terceiro escalão de futebol. O Qingdao Jonoon (III) atravessa uma crise financeira e com problemas para liquidar todos os salários acordados com os futebolistas.
A Confederação Asiática não está para brincadeiras no que toca a problemas financeiros com as direções dos clubes: Ou pagam ou não jogam.
Ao final da tarde desta quarta-feira, surgiram notícias que dez clubes anunciaram a liquidação de dívidas de pagamento de salários e taxas de transferências.
O Guangzhou Evergrande afirmou ter resolvido as suas dívidas em dezembro de 2016 e em janeiro de 2017, tal como o Shanghai SIPG, que também assegurou ter tudo em ordem.
O Shenhua, outro clube de Xangai, disse ter pago “90%” dos valores reclamados pela AFC.
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