Diego Armando Maradona morreu na última quarta-feira e uma autópsia realizada na morgue de San Fernando, Argentina, revelou uma "insuficiência cardíaca aguda, num paciente com uma miocardiopatia dilatada, insuficiência cardíaca congestiva crónica que gerou um edema agudo do pulmão".
O diário Olé revela como foram as últimas horas de vida do craque argentino.
Como acontecia nas últimas semanas, desde que estava a recuperar da operação ao cérebro, Maradona levantou-se cedo, tomou o pequeno almoço e caminhou um pouco. Passadas umas horas voltou a deitar-se, como sempre fazia, para recarregar baterias. Ao meio-dia, a enfermeira que o acompanhado foi acordá-lo para tomar medicação. Nessa altura, Maradona estava já em descompensação e desmaiado.
Além da enfermeira, o craque estava a ser acompanhado também por um psicólogo e por um psiquiatra. De imediato chamaram assistência médica. Nove ambulâncias dirigiram-se para a casa de Maradona em Tigre, mas nada havia a fazer. O coração tinha traído o eterno D10S.
As semanas anteriores
El Pibe comemorou 60 anos no final do mês passado, mas as últimas semanas de vida não foram fáceis. Já no início de novembro, Maradona foi internado numa clínica em La Plata, na Argentina, por estar "emocionalmente mal" e por sofrer de "anemia".
Apesar dos médicos terem começado por garantir que o ex-jogador estava em franca recuperação, outros exames revelaram que Maradona tinha um hematoma subdural, o que o obrigou a ser operado de urgência. Fontes médicas citadas pela agência de notícias EFE referiram mais tarde que a operação tinha corrido bem.
Depois da cirurgia, Diego Maradona teve alta e foi transferido de ambulância para a sua casa em Tigre, nos arredores norte de Buenos Aires, onde iria prosseguir tratamento, e onde esta quarta-feira acabou por falecer.
Todos acreditavam numa recuperação de Maradona. Todos acreditavam que, mais uma vez, El Pibe iria desafiar a morte, mas conseguiria vencer. Desta vez, o antigo craque argentino foi derrotado.
O historial de abuso de drogas era conhecido, mas nos últimos tempos era o álcool que atormentava Maradona. Na bebida, o eterno número 10 procurava o conforto que a COVID-19 lhe tinha tirado. Vigiado durante 24 horas para evitar recaídas, Maradona parecia estar em franca recuperação, até ao meio-dia deste 25 de novembro, quando o coração o traiu.
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