Em Espanha desde 2015 e a cumprir a segunda temporada ao serviço do Maiorca, Franco Russo contou à Marca algumas dificuldades que passou ao longo da carreira.
O defesa argentino deixou o seu país natal com apenas 18 anos para fazer provas na Europa, mas rapidamente surgiram complicações.
"Um dia disseram-me que ia assinar um contrato de quatro anos e no seguinte disseram--me que o treinador já não me queria mais. Estava a viver sozinho em Madrid, num quarto", começa por contar.
"Surgiu a hipótese de ir treinar no Lleida Espotiu, que estava na 2.ª Divisão B. Deixaram-me num hotel e no dia seguinte o diretor desportivo deveria ir buscar-me. Esperei o dia todo e à noite ele ligou-me a dizer que se tinha esquecido", recorda.
Nessa altura, Franco Russo, atualmente com 26 anos, ponderou voltar para a Argentina, mas eis que a sua sorte pareceu mudar. "Por sorte, um dos membros do corpo técnico desse clube era amigo de uma pessoa do Tamarite. Tive que decidir se iria lá fazer testes ou se voltava para a Argentina", explica.
No entanto, o defesa deparou-se com novas dificuldades. "Diz-se sempre que um jogador vive muito bem e ganha muito dinheiro, mas eu ganhava 50 euros por semana. Terminava os jogos e pagavam-me 50 euros e a casa. Ia ao Mercadona com a calculadora na mão. Não saía de casa nem para beber café", recorda ainda Franco Russo.
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