A Agência Mundial Antidopagem (AMA) considerou hoje “alarmante” o facto de a filiada espanhola estar impedida há um ano de realizar controlos antidoping no futebol.
A AMA retirou as ‘credenciais’ à Agência Espanhola para a Proteção da Saúde no Desporto (AEPSAD) em março de 2016 por falta de regulamentação sobre a matéria, uma situação que as autoridades espanholas justificam com o impasse político que se ‘arrastou’ entre dezembro de 2015 e outubro de 2016.
“A inexistência de controlos numa das mais importantes ligas de futebol mundiais durante quase 12 meses é alarmante e pode abalar a confiança de um desporto limpo, numa altura em que isso é mais preciso”, referiu a AMA num comunicado enviado à agência AFP.
A AMA reconheceu que, ao contrário do que sucede com outras modalidades, em que esses controlos ficam a cargo das federações internacionais, FIFA e UEFA recusam realizar essas análises 'internas'.
A jurisdição da FIFA limita-se às seleções, enquanto a UEFA realiza controlos a clubes que disputem as duas competições continentais (Liga dos Campeões e Liga Europa).
“A AMA encorajou um acordo entre a AEPSAD e as federações internacionais [FIFA e UEFA], que garantiria que os testes seriam realizados em Espanha durante o período de incumprimento”, frisou o organismo.
No entanto, a AMA manifestou-se “totalmente desiludida” por os dois organismos se terem recusado a assinar esse acordo.
Segundo a AEPSAD, 57 futebolistas foram sujeitos a controlos antidoping, mas os mesmos serão considerados nulos se forem realizados por uma entidade que está ‘vetada’ pela AMA.
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