O Comité de Apelo da Federação Espanhola de Futebol (RFEF) recusou hoje o recurso do Valência, que pedia a retirada do cartão amarelo visto por Mouctar Diakhaby, pelos protestos por ter sido alvo de insultos racistas.
Diakhaby viu o amarelo no jogo com o Cádiz, em que denunciou ao árbitro ter sido insultado pelo defesa Juan Cala com uma expressão racista, com o Comité a não despenalizar o defesa.
Segundo a mesma fonte, este tipo de acontecimentos não está regulamentado, pelo que teria de existir uma denúncia judicial, que não existe, além de que o cartão foi atribuído “por discutir com um rival”.
Na semana passada, a Liga Espanhola de Futebol não encontrou “em nenhum meio digital disponível” indícios de um insulto racista de Juan Cala a Mouctar Diakhaby, poucos dias depois de o governo espanhol ter pedido o esclarecimento da situação.
Decorria o minuto 29 do encontro de domingo no Estádio Ramón de Carranza, quando, na sequência de um livre a favor do Cádiz, Cala e Diakhaby trocaram argumentos dentro da área valenciana, levando, posteriormente, o central francês a percorrer meio-campo para interpelar o adversário.
Depois de os jogadores das duas equipas terem separado Cala e Diakhaby, o francês foi admoestado com um cartão amarelo e esteve alguns segundos a explicar ao árbitro que tinha sido alvo de um insulto racista, antes de se retirar de campo, acompanhado por todos os jogadores ‘che’, entre os quais os portugueses Thierry Correia e Gonçalo Guedes.
A equipa do Cádiz também seguiu o caminho dos balneários e o encontro esteve interrompido cerca de 25 minutos. Embora o Valência tenha regressado ao relvado para retomar o jogo, fê-lo já sem Diakhaby, que foi substituído por Hugo Guillamón.
O Cádiz venceu a partida por 2-1, tendo Juan Cala, que negou posteriormente as acusações de Diakhaby, marcado o primeiro golo dos andaluzes.
Comentários