Carlos Kameni não esquece os dias difíceis vividos em Espanha. O guarda-redes camaronês defendeu, durante vários anos, as baliza dos Espanhol e do Málaga, numa liga onde sofreu na pele o fenómeno do racismo no futebol.
Hoje, com 35 anos e a representar os turcos do Fenerbahçe, falou dos insultos racistas que sofreu nos longos anos que viveu em Espanha.
"Hoje falo deste tema, mas até há bem pouco pensei que não voltaria a falar. Pensava que era uma luta perdida", começou por referir, em declarações a um programa da Movistar. Kameni recordou em episódio em particular, no início da sua carreira, num jogo frente ao Zaragoça. Tinha 20 anos.
"Até crianças imitavam o gesto de adultos [som de macacos]. Quando uma pessoa vive algo assim pode chegar a casa e suicidar-se. Não pensava que algo assim se podia passar num país como este", lamentou.
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