Os 42 clubes do futebol profissional em Espanha (Primeira e Segunda Divisões) obtiveram receitas de 4,8 mil milhões de euros na temporada 2021/2022, valores próximos dos obtidos do período pré-pandemia, segundo um relatório apresentado na quinta-feira pela LaLiga.
Este montante representa um aumento de 22,6% em relação aos valores da temporada 2020/2021, quando a LaLiga arrecadou 3,9 mil milhões de euros.
"O futebol profissional espanhol praticamente recuperou os valores pré-pandemia a nível de rendimentos, sendo os clubes espanhóis também os que registam as menores perdas agregadas", garante a LaLiga, em comunicado.
A maior fatia veio das receitas das transmissões televisivas, com 1,6 mil milhões de euros arrecadados.
De acordo com o Relatório Económico Anual da LaLiga, o maior crescimento nas receita ocorreu no "matchday (+123%), explicado pelo regresso do público aos estádios após a pandemia de COVID-19.
A receita por 'Matchday' foi a terceira maior, com 884 milhões de euros.
Quanto às receitas por transferências de jogadores, atingiram 402 milhões de euros, o que representou uma queda de 25,8% em relação ao ano anterior.
"Com estes valores totais de receitas, a LaLiga volta a recuperar a segunda posição" nos principais campeonatos, atrás apenas da Premier League, observa o organismo dirigido por Javier Tebas.
As despesas dos clubes espanhóis na última temporada ascenderam a 4,9 mil milhões de euros, dos quais 2,3 mil milhões corresponderam aos custos com os planteis desportivos.
A LaLiga teve um resultado líquido negativo com prejuízo de 140,1 milhões de euros na temporada passada.
Os clubes profissionais espanhóis conseguiram reduzir estas perdas em relação ao déficit de 892 milhões de euros da temporada 2020/2021.
A LaLiga lembra que as suas perdas são menores do que as registadas por outras ligas no mesmo período, como a Bundesliga alemã (-205 milhões de euros), Ligue 1 francesa (-601 milhões de euros/) e a Premier League inglesa (- 1 mil milhões de euros).
"Esses dados vêm confirmar o modelo sustentável da LaLiga e da Bundesliga, em contraste com outros modelos baseados na ausência de controle econõmico adequado", concluiu o relatório.
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