Nos dias que correm, mais milhão, menos milhão, a excentricidade das transferências no futebol já pouco surpreende o comum adepto de futebol. Mas há limites, claro, ainda que não saibamos bem quais são.

Diz o jornal espanhol 'A Marca', que Vinicius Jr. recebeu uma proposta de mil milhões de euros para rumar a Arábia Saudita nos próximos cinco anos. O avançado brasileiro, que tem 24 anos - e não 34- , terá decidido que é no Real Madrid que quer continuar a jogar. Para o clube campeão europeu também estariam reservadas umas quantas centenas de milhões, mas à semelhança do jogador, também o emblema madrileno nem sequer quis pensar duas vezes.

A confirmar-se a transferência, tratar-se-ia da maior de todos os tempos. Mas o Al Ahli, clube a quem é apontado atrevimento desta proposta - pode dizer-se obscena? -, terá de arrumar as notas na sua gorda carteira. Pelo menos para já. 

O que pretendia o clube saudita, diz a imprensa internacional, era contar com Vinicius para uma missão alargada, que em muito ultrapassaria o jogo jogado. À semelhança do que aconteceu com Cristiano Ronaldo, o craque teria também de se associar à Arábia Saudita, tornando-se num dos rostos de promoção do futebol no país, com vista ao Mundial 2034, ainda sem organizador definido.

Depois da contratação falhada de Kevin De Bruyne, o clube saudita terá visto em Vinicius a peça que faltava para continuar o ambicioso projeto de potenciar cada vez mais o seu campeonato, chamando a si os holofotes do futebol mundial.

Contudo, para o fazer terá de contar apenas com os recursos de que dispõe, ou capital externo, já que o Fundo de Investimento Saudita já informou os clubes - Al-Hilal, Al-Ahli, Al-Ittihad e Al-Nassr - que da parte do estado a torneira por agora fechou. 

Por Madrid, coincidência ou não, Vinicius colocou esta segunda-feira uma fotografia do treino nas suas redes sociais, na qual surgem sorridentes, para além do brasileiro, Bellingham e Mbappé. Como quem diz, 'olhem para mim, estou feliz, nem me incomodem. Mil milhões? Não, prefiro conquistar mais uma Liga dos Campeões". E a ser este o pensamento, reconheçamos, é de louvar.