O presidente do Real Madrid e da Superliga, Florentino Pérez, manifestou-se na quarta-feira “triste e dececionado” com a suspensão da nova competição europeia de futebol, mas também “surpreendido” com a campanha orquestrada pelo presidente da UEFA.
Em declarações ao programa El Larguero, da rádio espanhola Cadena Ser, Florentino Pérez deixou duras críticas a Aleksander Ceferin, que se manifestou contra a criação da Superliga e que ameaçou excluir da UEFA todos os clubes que integrassem a recém-criada competição.
“Nunca vi tamanha agressividade como aquela manifestada pelo presidente da UEFA e por alguns presidentes de Ligas, de forma orquestrada. Surpreendeu-nos a todos. Depois de anunciarmos a notícia, pedimos uma reunião com o presidente [Ceferin], mas ele nem nos respondeu. Nunca vi tanta agressividade, ameaças e insultos, como se tivéssemos morto o futebol. Trabalhámos, sim, para ajudar a salvar o futebol”, afirmou.
Florentino Pérez admitiu que “o projeto da Superliga ficou em ‘stand-by’” e que Juventus e AC Milan “não desistiram” da prova, enquanto o FC Barcelona “está em reflexão”.
“Estamos há muitos anos a trabalhar num projeto que não fui capaz de explicar. Estou triste e dececionado. Era algo fácil de entender, a Liga é intocável e é preciso arrecadar dinheiro nos jogos a meio da semana. O formato da Liga dos Campeões está obsoleto e só tem interesse a partir dos quartos de final”, referiu o presidente do Real Madrid e da Superliga.
Face à contestação dos adeptos e das autoridades governativas e do futebol, Manchester City, Liverpool, Arsenal, Manchester United, Tottenham e Chelsea iniciaram a debandada do projeto da Superliga, na terça-feira, seguindo-se, na quarta-feira, Atlético de Madrid e Inter de Milão, que também abandonaram o grupo dos 12 emblemas fundadores.
AC Milan e Juventus reconheceram a necessidade de reavaliar o projeto, enquanto o FC Barcelona faz depender a sua permanência da aprovação dos sócios.
O ‘sonho’ liderado pelo presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, juntou 12 dos principais clubes de Inglaterra, Espanha e Itália, tendo em vista a criação de uma competição anual com 20 equipas, na véspera de a UEFA revelar o formato competitivo da Liga dos Campeões, a partir de 2024/25.
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