Os italianos da Roma, treinada pelo português José Mourinho, e os neerlandeses do Feyenoord tentam quarta-feira salvar épocas dececionantes e serem os primeiros a erguer a recém-criada taça da Liga Conferência Europa (LCE) de futebol, em Tirana.
O treinador sadino, aos 59 anos, pode juntar-se à restrita galeria de técnicos que triunfaram em três diferentes competições da UEFA, juntando-se à ‘velha raposa’ italiana Giovanni Trapattoni, campeão português pelo Benfica em 2005, e ao alemão Udo Lattek, ambos vencedores de Taça dos Clubes Campeões Europeus, Taça UEFA e Taça dos Vencedores das Taças.
Para chegar à final, a Roma venceu o Grupo C da LCE, com 13 pontos, mas não se livrou de uma pesada derrota por 6-1 frente aos noruegueses do Bodo/Glimt.
Nos oitavos de final, a equipa romana ultrapassou os neerlandeses do Vitesse (empate 1-1 em casa e vitória 1-0 fora), vingando depois o desaire com o Bodo/Glimt nos quartos de final (derrota por 2-1 fora e vitória de 4-0 em casa).
Nas meias-finais, a Roma superiorizou-se os ingleses do Leicester (empate 1-1 fora e vitória 1-0 em casa), garantindo a presença na final.
Já o Feyenoord venceu de forma destacada o Grupo E, com 14 pontos, e nos ‘oitavos’ deixou pelo caminho os sérvios do Partizan (vitórias por 3-1 em casa e 5-2 fora).
Nos quartos de final, a equipa neerlandesa bateu os checos do Slavia de Praga (empate 3-3 em casa e triunfo fora por 3-1), medindo depois forças com os franceses do Marselha.
Nas meias-finais, o Feyenoord foi mais forte (vitória por 3-2 em casa e empate 0-0 fora), e chegou ao jogo da decisão.
Já nos respetivos campeonatos, as coisas não correram tão bem às duas equipas.
A equipa romana só na sexta-feira conseguiu assegurar o sexto lugar e correspondente qualificação para a Liga Europa, triunfando na visita ao Torino, por 3-0, a única vitória nas últimas seis rondas da Serie A, na 38.ª e última ronda.
Com os compatriotas Rui Patrício e Sérgio Oliveira ao dispor, Mourinho, vencedor de duas ‘Champions’ (FC Porto, 2004, e Inter, Ita, 2010) e duas UEFAS (FC Porto, 2003, e Manchester United, Ing, 2017), procura dar um título continental nesta nova prova aos ‘giallorossi’, que venceram a Taça das Cidades com Feira, antecessora da Taça UEFA e da Liga Europa, em 1961.
A Roma não conquista nada desde a Taça de Itália em 2008, embora tenha chegado às finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1984 (derrotada pelo Liverpool, Ing) e da UEFA em 1991 (batida pelo Inter, Ita).
Já o Feyenoord, terceiro da ‘Eredivisie’, a 12 pontos do campeão Ajax, apresenta-se com melhor currículo europeu, mas já não atingia uma final continental há 20 anos, desde a sua segunda conquista da UEFA, em 2002, diante do alemão Borussia Dortmund, com um ‘bis’ do antigo avançado do Benfica van Hooijdonk, depois de já ter erguido o troféu em 1974, frente ao inglês Tottenham.
A equipa de Roterdão conquistou ainda o mais ambicionado título de campeã europeia em 1970, diante do escocês Celtic Glasgow.
Na final da LCE, na Arena Nacional da capital albanesa, sob arbitragem do árbitro romeno Istvan Kovacs, defrontam-se os ataques mais concretizadores da nova prova, com o Feyenoord a acumular 28 golos em 12 jogos, mais um do que a Roma, graças aos seus avançados, respetivamente o nigeriano Cyriel Dessers (10) e o inglês Tammy Abraham (nove), os melhores marcadores da competição.
A equipa de Mourinho costuma alinhar num esquema de três defesas centrais, optando por transições rápidas, normalmente lançando Zaniolo e Pellegrini na profundidade, ao passo que o conjunto orientado pelo neerlandês Arne Slot, 43 anos, ainda invicta na prova, dispõe-se em 4-2-3-1, dando prioridade à posse de bola, com o colombiano Sinisterra no apoio a Dessers.
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