A UEFA aprovou hoje em Congresso, por unanimidade das 54 federações filiadas, a criação de uma Liga das Nações, que, de acordo com o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) poderá potenciar o retorno financeiro.
“O modelo foi hoje aprovado pelo Congresso da UEFA, por unanimidade. Nos períodos alternativos às fases de qualificação irá ser disputada uma nova competição designada de Liga das Nações”, revelou Fernando Gomes, que participou no Congresso da UEFA que decorreu em Astana, capital do Cazaquistão.
Em declarações ao sítio da FPF, o dirigente adiantou que “as seleções vão ser selecionadas através do ‘ranking’ e esta competição terá, provavelmente, um título”.
“Acreditamos que irá potenciar ainda mais o retorno dos valores dos direitos já centralizados na UEFA. Este formato vai ser desenvolvido nos próximos tempos a fim de definir o modelo competitivo não só da Liga das Nações, mas, eventualmente, alguma interligação entre essa competição e as fases de apuramento do Europeu de 2020 e do Mundial de 2022”, referiu.
Fernando Gomes recordou que a UEFA iniciou no ciclo 2014/18 um processo de centralização de direitos das fases de qualificação quer para o Europeu quer para o Mundial, cuja comercialização “foi um sucesso”, o que, a par dos pedidos crescentes de vários países para serem encontradas alternativas à realização de jogos amigáveis, levou aquele organismo “a avançar com um estudo para reforçar essa centralização e resolver o problema dos jogos amigáveis”.
Ainda não está definido o modo de funcionamento da nova competição, em formato de liga, mas a ideia é dividir as 54 seleções em quatro grupos, as quais competirão com o objetivo de serem promovidas a um grupo final, onde disputarão o título de campeão da Liga das Nações, mas, também, a qualificação para os "play-off" de acesso a fases finais de Campeonatos da Europa.
A UEFA vai determinar um campeão da Liga das Nações em todos os anos ímpares, a partir de 2018, mas o organismo irá, ainda, detalhar em concreto como vai decorrer a competição.
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