A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) exigiu hoje uma compensação aos polícias que prestam serviço na Liga das Nações de futebol, alegando que realizam 86 horas de serviço esta semana “sem qualquer contrapartida”.
A exigência desta compensação foi hoje enviada, por ofício, à Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública, com conhecimento do Ministério da Administração Interna.
No ofício, o maior sindicato da PSP exige que os polícias sejam compensados pelos prejuízos causados pelo excesso de trabalho durante a Liga das Nações de futebol, que leva “alguns polícias a realizarem 86 horas de serviço durante esta semana sem qualquer contrapartida”.
A ASPP considera esta situação incompreensível, uma vez que a PSP está há cerca de um ano a preparar este evento desportivo, que começou na quarta-feira e termina no domingo no Porto e em Guimarães.
“Polícias com folgas cortadas, impedidos de gozar férias e sem receberem pelo trabalho extraordinário prestado demonstra que houve uma preparação insuficiente da operação”, refere a ASPP, acrescentando que os polícias “não podem continuar a ser usados como peças descartáveis em eventos que o país assume”.
A ASPP recorda que este não é caso único, sendo um procedimento que se repete cada vez que há um evento de grande envergadura em Portugal.
Na terça-feira, a direção nacional da PSP assegurou que existem apenas “situações pontuais” de agentes que trabalham além do turno na Liga das Nações de futebol.
“Os turnos e planeamento feito estão bem definidos, são rigorosos. Há apenas situações pontuais de elementos a fazer algumas horas a mais, mas faz parte do planeamento para eventos desta natureza e que os policias da PSP já conhecem”, disse o diretor do gabinete de imprensa e relações públicas da PSP, Alexandre Coimbra.
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