A seleção portuguesa de futebol soma dois triunfos e um desaire face à República Checa, que encontra na quinta-feira pela quarta vez, depois de três embates em fases finais de campeonato da Europa.
Desde o fim da Checoslováquia, à separação entre República Checa e Eslováquia, em 1992, Portugal só mediu forças em três ocasiões com os checos, a primeira em 1996, num célebre encontro decidido por um ‘chapéu’ do ex-benfiquista Karol Poborsky.
Na primeira aparição da ‘geração de ouro’ do futebol luso - os campeões mundiais de juniores de 1989 e 1991 - numa fase final, Portugal ultrapassou a fase de grupos, perante Croácia, Dinamarca e Turquia, e encontrou a República Checa nos ‘quartos’.
Em Birmingham, em 23 de junho de 1996, os comandados de António Oliveira não conseguiram, porém, evitar a eliminação e a culpa principal foi de Poborsky, que, aos 53 minutos, fez um magnífico ‘chapéu’ a Vítor Baía, afastando Portugal.
Recorde o chapéu de Poborsky a Vítor Baía
Nesse encontro, António Oliveira apostou inicialmente em Vítor Baía, Secretário, Fernando Couto, Hélder, Dimas, Oceano, Paulo Sousa, Rui Costa, Figo, Sá Pinto e João Vieira Pinto, lançando depois Domingos (46 minutos), Folha (65) e Cadete (83).
Portugal ‘tombou’ dessa vez, face a um conjunto que acabaria por perder a final com a Alemanha (1-2, com um ‘golo de ouro’ de Oliver Bierhoff), mas, entretanto, já ‘respondeu, e em dose dupla, batendo os checos nos Europeus de 2008 e 2012.
Em 2008, o encontro aconteceu na segunda jornada da fase de grupos, em Genebra, em 11 de junho, e Portugal assegurou desde logo o apuramento para os quartos de final, ao vencer a República Checa por 3-1, depois de já ter superado a Turquia por 2-0.
Deco deu vantagem à seleção das ‘quinas’ logo aos oito minutos, Libor Sionko restabeleceu a igualdade, aos 17, mas, na segunda parte, o ‘onze’ de Luiz Felipe Scolari chegou ao triunfo, com golos de Cristiano Ronaldo, aos 63, e Ricardo Quaresma, aos 90+1.
Portugal começou com Ricardo, Bosingwa, Pepe, Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira, Petit, João Moutinho, Deco, Cristiano Ronaldo, Simão e Nuno Gomes, com ‘Felipão’ ainda a lançar Fernando Meira, Hugo Almeida e Ricardo Quaresma.
A seleção das ‘quinas’ ficou-se pelos ‘quartos’, ao perder com a Alemanha por 3-2, enquanto os checos não ultrapassaram a fase de grupos, já que foi a Turquia que acompanhou Portugal no apuramento, como segunda do Grupo A.
No Europeu seguinte, em 2012, as duas seleções voltaram a encontrar-se, mas desta vez num embate bem mais importante, nos quartos de final, em Varsóvia, na Polónia.
Após superar o Grupo B, com Alemanha (0-1), Dinamarca (3-2) e Países Baixos (2-1), a formação das ‘quinas’ derrotou os checos por 1-0, em 21 de junho, graças a um tento de Cristiano Ronaldo, apontado já perto do final do encontro, aos 79 minutos.
Paulo Bento apostou de início em Rui Patrício, João Pereira, Pepe, Bruno Alves, Fábio Coentrão, Miguel Veloso, Raúl Meireles, João Moutinho, Nani, Cristiano Ronaldo e Hélder Postiga. Ainda jogaram Hugo Almeida, Custódio e Rolando.
Antes destes três jogos, Portugal mediu forças em 10 ocasiões com a Checoslováquia – a República Checa é herdeira dos seus resultados -, somando três vitórias, quatro empates e três derrotas, com sete golos marcados e 11 sofridos.
O quarto encontro entre Portugal e a República Checa, da terceira jornada do Grupo A2 da Liga das Nações 2022/23, está marcado para quinta-feira, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, a partir das 19:45, com arbitragem do esloveno Matej Jug.
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