Roberto Martínez fez esta segunda-feira o lançamento da partida de Portugal diante da Escócia, marcado para terça-feira, em Glasgow, relativo à quarta jornada da Liga das Nações.

O selecionador nacional não antevê facilidades diante de uma equipa que, segundo Martínez, tem uma qualidade que não se reflete nos recentes resultados obtidos.

Escócia: "Faz parte do desafio de jogar fora de casa. Já falámos que não é fácil fazer dois jogos fora de casa em 72 horas, em estádios esgotados. Falámos do ambiente na Polónia, onde mostrámos boa personalidade, mas na Escócia é ainda mais forte. É importante sermos nós mesmos, num ambiente que vai ajudar muito a equipa da casa. A Escócia está a crescer muito, venceu a Espanha e acredita muito no que faz. É importante mostrar personalidade, a Polónia foi uma boa preparação para nós. Aqui vamos precisar de ganhar antes sequer de ganhar o jogo".

Qualidade do adversário: "Já vimos que, no jogo em Lisboa, são uma equipa competitiva, que dá tudo até ao fim. Contra a Polónia sofreram um penálti aos 90'+4 e contra a Croácia também nos últimos minutos. É uma equipa física, rápida e que pode utilizar a bola parada. Acho que os resultados não mostram o que a Escócia fez até agora"

Como joga a Escócia: "É difícil mostrar simpatia por querer ganhar o jogo, mas acho que a Escócia joga com muita energia e qualidade, o que torna muito difícil parar. Têm jogadores de muita qualidade em qualquer posição. Não precisam de muito para marcar golos, são muito organizados. E depois têm a qualidade de jogadores como McTominay, Gilmour... Steve Clarke está a construir algo muito especial. Já construiu uma equipa de sucesso e agora está num novo ciclo. Os resultados vão chegar se as exibições assim continuarem"

Surpreendido com o jogo na Luz?: "Não, não. Marcaram na primeira ação que tiveram. Já tínhamos visto a Escócia jogar bem contra a Polónia. É uma equipa que tem mais do que uma ameaça e é isso que dificulta tudo. Precisam de pouco para marcar e, além disso, são muito físicos".

Jogo com a Polónia: "Procuramos sempre o jogo perfeito, mas acho que não existe. O jogo da Bósnia fora de casa, do Luxemburgo também, começámos bem e terminámos bem. Acho que o nosso desempenho contra a Polónia foi muito bom. Depois de sofrer o golo, mostrámos personalidade ainda maior. Marcar o terceiro foi importante. Perseguir o jogo perfeito é um bom objetivo, mas acho que o nosso desempenho na Polónia foi de alto nível"

Renato Veiga: "O importante é acrescentar ao grupo o número de jogadores que possam ajudar. O Renato fez isso, mostrou ser um jogador com um futuro incrível e um presente que pode ajudar. Mas temos outros centrais. Temos gerido outros jogadores, temos utilizado jogadores com boa energia. Contra a Polónia alguns fizeram um esforço físico espetacular e amanhã precisamos de frescura e de não colocar riscos de lesões. O Renato Veiga fez o primeiro jogo no onze e aqui trata-se de qualidade, não de quantidade. Gostei muito do que fez, mostrou que há competitividade para esta posição no futuro"

Florentino: "Acho que é importante esclarecer. O primeiro ponto é o talento dele. É um jogador com um talento que gostamos muito. Estamos a acompanhá-lo desde a minha chegada. Mas falei de dois jogadores que podem representar diferentes seleções e disse que é importante que eles desejem e tenham o sentimento de querer jogar pela nossa Seleção. Não estava a falar do Florentino. A informação que tenho é que ele gosta de jogar por Portugal, já o fez com muito sucesso nas equipas de formação. É continuar com o processo. Sem dúvida que tem as qualidades para jogar pela Seleção"