Três jogos na Champions, três derrotas e nenhum golo marcado. Note-se que o Benfica cometeu apenas cinco faltas, num encontro em que teve apenas 34% de posse de bola frente ao registo da Real Sociedad de 62%. Faltou muita 'agressividade' à equipa encarnada para contrariar o muito futebol que os bascos colocaram em campo no relvado da Luz. Um jogo quase sempre fluído, com os seus jogadores sempre à procura das melhores soluções.

Veja aqui a classificação ao cabo de três jornadas na fase de grupos

Pela forma como o Benfica se apresentou na Luz nem parecia que o encontro era decisivo, já que obrigava os encarnados praticamente a vencer para manterem ainda esperanças no que ao apuramento diz respeito.

Schmidt fez algumas alterações no onze: Resgatou Aursnes ao meio campo, juntou João Mário a Rafa e a Musa na frente de ataque, e apostou em Jurasek e em Bah nas laterais. Resultado: O Benfica teve sempre grande dificuldade em construir e foi praticamente inoperante a nível coletivo.

Só através de jogadas individuais os seus jogadores tentaram contrariar a superioridade dos bascos, com Rafa e Neres a assumirem esse papel na primeira parte. Na segunda parte, com as alterações a não surtirem efeito - o técnico alemão mexeu a nível tático para um 4-3-3 - face às entradas de Kokçu e Arthur Cabral, só Tiago Gouveia, perto do final do jogo, trouxe algum impacto ao jogo do Benfica. Os bascos por seu lado causaram sempre muitos calafrios. Zubimendi era o homem da batuta, com os jogadores da Real Sociedad a solicitarem com frequência a técnica individual de Traoré e, especialmente do japonês Kubo.

O jogo do Benfica foi totalmente engolido pelos 'bascos', que assumiram o controlo do jogo a partir dos 20 minutos, período em que os encarnados até tiveram alguma ascendência e até marcaram um golo que foi anulado. Perante uma equipa dotada de muita técnica, e boa circulação, o Benfica não foi pressionante e não reagiu da melhor forma à perda. Face à produção ofensiva dos espanhóis, adivinhava-se há muito o golo que veio a surgir por intermédio de Brais Méndez depois de uma assistência de Barrenetxea. Já próximo do final do jogo, Aursnes ainda teve uma oportunidade de golo nos pés, mas a vitória pela margem mínima acabou por subsistir depois da defesa de Remiro.

Momento do jogo

O golo da Real Sociedad apontado ao minuto 63´. A tradução exata do que se estava a passar em campo, face ao 'passeio' dos espanhóis na Luz. Só tardou por tardio o golo de Brais Méndez.

Melhores

Kubo

O que jogou Kubo! Deu água pela barba a Jurasek, a Otamendi e a todos que lhe atravessavam ao caminho. Sempre de cabeça levantada, com um primor técnico fabuloso, o japonês fez várias jogadas de antologia, que só por menor frieza na hora de finalizar não resultaram em golo. Encheu o campo na Luz. Afiguram-se outro tipo de voos no futuro.

Neres e Rafa

Enquanto tiveram pilhas foram dois elementos que tentaram fazer a diferença, tanto devido à sua qualidade individual, como através da velocidade. Ainda assim, não era a noite do Benfica.

Reações

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