O Benfica chumbou no teste decisivo do “principado” e complicou as contas para continuar nas competições europeias com um empate sem golos frente ao Mónaco. Com um ponto ao fim de três jogos, a equipa de Jorge Jesus arrisca-se a ficar fora da Liga dos Campeões já a seguir à fase de grupos e mesmo a Liga Europa poderá estar em risco devido à escassez de golos deste Benfica.
No Estádio Louis II, o Benfica regressou à sua fórmula mais “vitaminada” depois das poupanças de Jorge Jesus para a Taça de Portugal frente ao Sporting da Covilhã. Do onze que bateu os “leões da serra” apenas Artur, Lisandro e André Almeida mantiveram a titularidade com Jorge Jesus a promover os regressos de Eliseu, Luisão, Maxi, Enzo Pérez, Gaitán, Salvio, Talisca e Lima à equipa principal.
O Mónaco surgiu com Lucas Ocampos no onze inicial e Bernardo Silva no banco de suplentes. Ricardo Carvalho e João Moutinho foram os representantes lusos na equipa principal do Mónaco que só não teve mais portugueses no onze do que o Benfica porque Jorge Jesus manteve a titularidade de André Almeida.
A equipa de Leonardo Jardim deu o pontapé de saída e literalmente agarrou o jogo nos primeiros minutos com o meio campo do Mónaco a engolir a área de ação de André Almeida e Enzo Pérez. Perante o domínio dos monegascos só faltou mesmo um golo, que poderia ter acontecido não fosse o deslumbramento de Ocampos e a péssima condição do terreno de jogo a “salvarem” o Benfica de um golo madrugador aos 5 minutos.
Na conferência de imprensa Jorge Jesus assumiu a entrada positiva do adversário ao afirmar que, “o Benfica não entrou bem, o Mónaco entrou melhor e conseguiu criar espaços para situações de finalização”.
Com Moutinho a controlar as ações do meio-campo do Mónaco, faltava a Benfica mais presença no terreno pois Enzo Pérez e André Almeida estavam a demorar a reagir e Talisca continuava um jogador “perdido” entre o foco da baliza e o apoio mais recuado. No entanto, o equilíbrio acabou por surgir e o Benfica cresceu pela primeira vez no jogo a quinze minutos do intervalo. Lima esteve perto de inaugurar o marcador, mas o guarda-redes do Mónaco negou os intentos do avançado brasileiro.
No segundo tempo, Gaitán e Sálvio foram beneficiados com o crescendo de Enzo Pérez em campo e o domínio do Benfica foi total, ou quase. As oportunidades junto à baliza de Subasic iam-se acumulando juntamente com os nervos de Jorge Jesus no banco de suplentes. Aos 59 minutos, Gaitán tem uma jogada genial no interior da grande área do Mónaco, mas o remate do argentino acabou por ser interceptado por Subasic.
O futebol do Benfica estava em claro crescimento desde o final da primeira parte, mas, à imagem do que tem acontecido nos outros jogos europeus desta época, faltavam golos à equipa encarnada. Aos 76 minutos, Lisandro López é expulso com cartão vermelho direto, após entrada ríspida sobre Moutinho, tendo terminado aí o domínio da equipa do Benfica. Já perto do final, e com o Mónaco em superioridade numérica, Raggi poderia ter dado a vitória à formação de Leonardo Jardim. No entanto, a bola acabou por sair muito perto do poste.
Com um ponto e um golo marcado em três jogos, o Benfica tem a vida cada vez mais complicada nas competições europeias. Com nove pontos em disputa, a equipa de Jorge Jesus ocupa o último lugar do grupo C liderado pelo Bayer Leverkusen com seis pontos. O Zenit está em terceiro lugar com quatro pontos, enquanto o Mónaco ocupa o segundo lugar com cinco pontos.
"Acho que a vitória do Leverkusen sobre o Zenit foi melhor para o Benfica. Claro que o empate tinha sido melhor, mas assim é o jogo na Luz com o Mónaco que vai decidir se temos possibilidades ou não", afirmou Jorge Jesus na conferência de imprensa após o jogo.
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