O Benfica tem um pé e meio nos quartos de final da Liga dos Campeões de futebol. Os Encarnados foram até a Bélgica vencer o Club Brugge por 2-0 esta quarta-feira, na 1.ª mão dos oitavos de final da prova.
João Mário e David Neres fizeram os golos dos Encarnados, que chegaram ao 12.º jogo sem perder na Champions, facto que lhes permite igualar o recorde nacional que estava na posse do FC Porto.
A equipa de Roger Schmidt aproveitou bem os erros dos belgas para construir um bom resultado. Só uma hecatombe poderá tirar o Benfica dos quartos da Champions.
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O Benfica apresentou-se na Bélgica para tentar o 12.º jogo sem perder na Champions, algo que lhe permitiria igualar o recorde do FC Porto e ficar mais perto dos quartos de final. Pela frente, um Club Brugge a viver um momento de menor fulgor, com apenas uma vitória nos últimos 10 jogos jogos, oito empates e duas derrotas. Uma equipa longe daquela que venceu o FC Porto e ficou à frente do Atlético Madrid e Bayer Leverkusen na fase de grupos desta prova.
Roger Schmidt fez apenas duas alterações em relação ao último onze que foi eliminado da Taça pelo SC Braga, com os regressos de Rafa e Gonçalo Ramos nos lugares de Gonçalo Guedes e David Neres.
Brugge assustou mas depois só deu Benfica
O Club Brugge, que está pela primeira vez na fase a eliminar da Champions, depois de nove quedas consecutivas na fase de grupos, entrou melhor, a causar calafrios a defensiva Encarnada através de acelerações pelos flancos, principalmente à esquerda, com Noah Lang e Buchanan. O canadiano deu o primeiro sinal de perigo aos quatro minutos, numa arrancada que só Vlachodimos travou, com dificuldades.
Os líderes da Primeira Liga reagiram e, já depois de Gonçalo Ramos ter ameaçado, criaram algumas situações de golo, desperdiçadas perante Mignolet. Aos 25 minutos, Aursnes acertou mal na bola e atirou para fora, após centro de João Mário, num lance que nasceu de uma recuperação de bola ainda no meio-campo contrário.
Aos 26 é Gonçalo Ramos quase a marcar, mas a defensiva belga, aos papeis, conseguiu afastar, num lance que quase acabava em autogolo. Na sequência do canto, Otamendi trabalhou com António Silva mas o jovem central português atirou por cima, quando estava em boa posição para marcar.
O crescimento do Benfica retirou o Club Brugge do jogo. A equipa de Scott Parker começou a bater longo nas saídas de bola, receando uma perda em zona proibitiva. E isso facilitava a vida ao Benfica, que ganha e acelerava pelo meio, com Rafa, João Mário e Aursnes.
Rafa, um dos mais massacrados com faltas, atirou ao poste aos 31, em livre estudado, e viu Mignolet negar-lhe o tento aos 35.
Só no derradeiro minuto do primeiro tempo os belgas reagiram, num livre de Noah Lang que Odoi colocou no fundo da baliza Encarnada mas o golo foi anulado por fora de jogo do veterano médio.
Entrar a matar na 2.ª parte
O segundo tempo arranca praticamente com o golo do Benfica, apontado por João Mário aos 50 minutos, na transformação de uma grande penalidade cometida de forma infantil por Hendry sobre Gonçalo Ramos. Quarto golo seguido do médio na Champions, o seu 17.º em 36 jogos esta temporada, o quarto de grande penalidade na Champions.
Antes do golo, Gonçalo Ramos tinha desperdiçado uma grande oportunidade, ao cabecear ao lado um livre de Grimaldo.
Roger Schmidt aproveitou para trocar Rafa por Gonçalo Guedes, fazendo descansar o extremo que foi muito castigado com faltas, muitas delas não assinaladas pelo árbitro italiano Davide Massa. Também entrou Gonçalo Guedes no posto de Gonçalo Ramos, ficando o Benfica com um ataque mais móvel.
Com o golo sofrido, o ataque do Club Brugge desapareceu e só deu sinais de vida através de iniciativas individuais de Buchanan e Lang.
Por seu lado o Benfica ia controlando o jogo, sempre instalado no meio-campo contrário, acelerando quando tinha de ser, travando o jogo e retendo a bola quando o momento assim o exigia.
Aos 68 minutos, Gonçalo Guedes lançou David Neres que preferiu passar em vez de rematar. O seu passe foi interceptado e não chegou a João Mário. Aos 72 é Chiquinho a tentar o golo, mas a bola saiu ao lado.
Nos minutos finais, já com Jutglá em campo, a equipa de Scott Parker cresceu no jogo, criou perigo numa bola parada mas, no minuto 90, o lateral esquerdo Bjorn Meijer perdeu a bola em zona de perigo para David Neres que depois só teve de escolher o canto para colocar a bola e acabar com as aspirações belgas no jogo.
A vitória por 2-0 deixa o Benfica com um pé e meio nos quartos de final da Liga dos Campeões. O emblema da Luz chegou ao 12.º jogo sem perder na Champions, igualando assim um recorde nacional que estava nas mãos do FC Porto.
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