Em tarde/noite de Liga dos Campeões, melhor estreia era impossível para o Sporting. Os Leões bateram o Eintracht Frankfurt na Alemanha por 3-0 num jogo em que Marcus Edwards acabou por se superiorizar aos restantes com um golo e uma assistência. Francisco Trincão deu o segundo golo e Nuno Santos fechou a contagem.
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Amorim manteve-se sem '9' e Glasner aposta em Dina Ebimbe
Na estreia dos Leões nesta edição da Liga dos Campeões, Rúben Amorim não promoveu grandes surpresas. O 3-4-3 manteve-se como sistema tático base, mas com uma atenção diferente a nível defensivo - isto com Porro e Matheus Reis a juntarem-se mais vezes a Coates, St. Juste e Inácio.
O meio-campo apresentou-se claramente mais conservador com Morita e Ugarte e na frente de ataque destaque ainda para a ausência de Paulinho, que trouxe assim a permanência da linha mais móvel constituída por Trincão, Edwards e Pedro Gonçalves.
Ainda assim, a equipa Leonina sofreu bastante com o pragmatismo ofensivo dos alemães que facilmente criavam perigos com bolas nas costas e com a facilidade em colocar jogadores na cara de Adán. A primeira fase de construção da equipa portuguesa acabava porpecar fase à pressão ofensiva do adversário. Na linha de ataque, viu-se uma equipa um pouco precipitada, mas ao mesmo tempo pragmática nas transições ofensivas.
Do lado do Eintracht, Oliver Glasner apostou num 4-2-3-1 apenas com uma novidade na zona intermediária. Dina Ebimbe rendeu Sebastian Rode e o estilo de jogo manteve-se fiel ao que já se esperava: uma clara pressão e agressividade ofensiva que permitiu à equipa um maior pragmatismo e recuperação de bolas perto da baliza adversária, mas algum espaço no setor mais recuado aproveitado pelas transições do Sporting.
Primeira parte: Muitas oportunidades mas sem golos
O ambiente estava propício a um grande jogo de futebol. O estádio do Eintracht Frankfurt causava arrepios e o hino da Liga dos Campeões trazia um sentimento de responsabilidade à equipa portuguesa e aos alemães. Esperava-se um Sporting mais na expectativa e um Eintracht Frankfurt mais agressivo a nível ofensivo. Foi isso mesmo que se viu após o apito inicial do árbitro israelita Orel Grinfeld.
Logo no primeiro minuto, uma desatenção defensiva que podia ter custado caro aos comandados de Rúben Amorim. Kolo Muani aproveita um mau atraso de Ugarte, mas valeu Adán a evitar o golo.
Estava dado o primeiro alerta e restava apenas aos Leões uma resposta à pressão ofensiva que chegou com... uma grande penalidade. Marcus Edwards apostou no desequilibrio em jogada individual e caiu no duelo com Lenz. O relógio apontava para os 12 minutos e o juíz do encontro apontou para a marca dos 11 metros até à intervenção do VAR que anulou o lance.
Tudo parecia 'empatado' em termos de avisos, mas a agressividade ofensiva dos alemães começava a superiorizar-se aos comandados de Rúben Amorim que valiam-se de Adán para manter a baliza compacta.
Aos 16 minutos, foi o guardião espanhol a comprometer na reposição de bola e, um minuto depois, valeu a chegada tardia de Muani ao cruzamento de Lindstrom.
O Sporting começava a mostrar-se um pouco mais ansioso e, aos 30 minutos, outra grande oportunidade da equipa da casa por Kamadi, mas Adán continuava a mostrar-se como principal figura do encontro.
A segunda grande amostra dos Leões deu-se de novo por Marcus Edwards. Num lance individual que colocou a defesa do Eintracht toda a olhar, o extremo inglês atirou para uma boa intervenção de Kevin Trapp aos 36 minutos.
Sem tempo para muito mais, fica uma primeira parte com grandes oportunidades, mas sem qualquer golo. O Sporting resistiu na Alemanha e ainda conseguiu deixar alguns avisos à equipa da casa.
Segunda parte: Marcus Edwards e mais dez
O segundo tempo começou logo com uma reação do Eintracht Frankfurt. Oliver Glasner fez entrar Pellegrini para o lugar de Lenz naquela que era uma renovação na ala esquerda defensiva da equipa. Do outro lado, Amorim manteve-se fiel ao onze inicial da primeira parte, mas por pouco tempo.
Aos 50 minutos, a primeira grande contrariedade do Sporting. St. Juste ressentiu-se em termos físicos e Luís Neto foi chamado para recompor o trio de defesas centrais. A entrada do central até acabou por ser assertiva ao evitar o primeiro do Eintracht aos 53 minutos com um grande corte aos pés de Kamada.
O Sporting começava a mostrar-se com outras ideias ofensivas e percebia-se que do outro lado também havia debilidades defensivas. Porro assustou com um remate cruzado aos 57 minutos e este era apenas o ensaio para o verdadeiro sucesso ofensivo dos Leões.
O relógio apontava para para os 65 minutos e o maior criativo do jogo fez finalmente o gosto ao pé. Marcus Edwards apareceu no lugar certo e atirou sem hipóteses para Kevin Trapp.
Esperava-se uma reação do Eintracht Frankfurt, mas era o Sporting a crescer ainda mais. Trincão e Marcus Edwards estavam endiabrados e foi a partir desse lema que se construiu o 2-0. O extremo inglês entrou na grande área, manteve a bola nos pés e soltou para Trincão que colocou a bola no fundo da baliza aos 67 minutos.
Os alemães ficavam completamente apáticos e o conforto via-se no rosto de Rúben Amorim. O 3-0 só não chegou pela grande defesa de Trapp à lei da bomba de Trincão.
Rúben Amorim baixou um pouco mais as linhas e promoveu as entradas de Nuno Santos e do tão aguardado Paulinho para os minutos que restavam.
A verdade é que também era tarde de substituições de ouro. Nuno Santos entrou com sede de golo e fez mesmo o 3-0 em mais uma jogada de pragmatismo do Sporting após assistência de Porro aos 82 minutos.
Não havia tempo para mais e eram três golos que se dividiam em três pontos.
Com este resultado, é a entrada a pé direito do Sporting de Rúben Amorim na Liga dos Campeões. Num grupo bastante competitivo, a vitória fora diante o Eintracht Frankfurt traz boas perspetivas para o que aí vem.
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