O recém-eleito presidente da UEFA, o esloveno Aleksander Ceferin, disse hoje temer que a Liga dos Campeões de futebol se esteja a transformar num “clube fechado” e elegeu como prioridade rever o atual sistema competitivo.
“A Liga dos Campeões não pode continuar nesta direção, pois isso irá levar à formação de um clube fechado”, considerou Aleksander Ceferin, acrescentando que o atual modelo competitivo da Liga dos Campeões privilegia os principais campeonatos.
Aleksander Ceferin, que falava na primeira conferência de imprensa promovida na Eslovénia desde que foi eleito na quarta-feira presidente da UEFA, em Atenas, adiantou que pretende reunir com os presidentes dos principais clubes europeus para saber o que fazer.
O dirigente reconheceu que será muito difícil reduzir as diferenças entre os clubes mais e menos ricos, mas sublinhou a necessidade de alterar o atual sistema, que permite aos mais poderosos disputar uma prova fechada e evitar assim a dispersão e a repartição das receitas.
“O principal problema [relativamente à Liga dos Campeões] é que ninguém foi informado das alterações ao sistema competitivo e só soubemos disso já no final”, considerou Ceferin, que sucede ao francês Michel Platini na presidência da UEFA.
Uma das alterações recentemente introduzidas pela UEFA, para o período de 2018-2021, prevê que os quatro principais campeonatos – Espanha, Inglaterra, Alemanha e Itália – beneficiem automaticamente de quatro lugares na Liga dos Campeões.
“Uma das primeiras tarefas que irei realizar [na UEFA] é a de examinar pormenorizadamente o atual sistema competitivo da prova e reunir com os presidentes dos principais clubes e decidir o que fazer no futuro”, adiantou Ceferin.
Alguns representantes de federações europeias manifestaram já ao novo presidente da UEFA a necessidade de rever o quadro competitivo da Liga dos Campeões.
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