Roger Schmidt fez na tarde desta segunda-feira, já em Milão, a antevisão ao embate de terça-feira entre Benfica e Inter Milão, a contar para a 2.ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões.

O técnico das águias garantiu que a forma de jogar da sua equipa não irá mudar e sublinhou que esta irá entrar em campo sem medo, apesar da qualidade do adversário, carrasco do clube da Luz na edição transata da prova. Schmidt recusou-se ainda a falar sobre João Victor, depois das notícias vindas esta manhã a público sobre o defesa brasileiro.

O que espera do jogo? ""Inter continua onde acabou na época passada. Esteve perto de ganhar final da Champions, estão no topo da Liga. Jogam bom futebol. Não perderam jogadores chave, estão habituados uns aos outros, têm o mesmo treinador, por isso é um desafio jogar contra eles. Na época passada era igual, acho que fizemos as coisas bem. Podíamos ter ganho. Não foi há muito tempo, foi um jogo especial. Tentámos tudo para dar a volta à derrota caseira, no final foi 3-3. Sabemos que é difícil, mas acreditamos em nós mesmos. Temos experiência nos jogos europeus e o que tentamos é mostrar o nosso melhor futebol, manter abordagem e lutar pelos 3 pontos. É esse o objetivo para amanhã."

O que mais teme no Inter? "Não temos medo. Nunca temos medo, não importa se jogamos contra quem jogamos. Respeitamos o adversário sempre, especialmente quando é uma equipa como o Inter. Acho que são uma equipa completa, podem jogar futebol diferente. Podem defender se precisarem de defender, atacar se precisarem de marcar. Por isso, têm jogadores experientes, jogadores no banco. Já o mostraram. Temos de estar preparados para tudo. Não têm só um estilo de jogo, tal como nós não temos. Temos de influenciar a história do jogo o máximo possível. Conseguir vantagem durante o jogo, porque quando eles comandam é difícil. A nossa mentalidade para amanhã é ter uma boa abordagem tática ao jogo e temos de jogar o nosso melhor futebol."

O que será diferente em relação ao embate da época passada? "Temos algumas mudanças no nosso onze inicial. O Inter também, já que perderam o Lukaku e o Dzeko. A maior mudança é na frente. Foram buscar o Thuram, que é uma boa contratação, adapta-se muito bem ao Lautaro Martínez. Penso que jogam da mesma forma, com um 3-5-2. O estilo de jogo depende de Dumfries e Dimarco, com muitos cruzamentos. A forma como jogam é muito declarada."

Como parar Lautaro Martínez? "O que ele mostrou no último jogo foi incrível, quatro remates, quatro golos. Numa questão de 20 ou 25 minutos. Isso mostra a qualidade dele, é muito inteligente no posicionamento, encontra bem o momento de se desmarcar e tem uma boa finalização. É um jogador de topo. O Inter tem muito foco nele. É um dos melhores avançados da Europa."

Jogo decisivo? "A última Liga dos Campeões começou melhor para nós... com uma vitória em casa. Agora temos uma outra situação, em que fomos derrotados em casa. Não é fácil. Só temos seis jogos para fazer a diferença e apurarmo-nos para a fase a eliminar. A situação é mais difícil, isso é claro. Mas amanhã não é um dia decisivo. No momento atual, estamos apenas focados nos próximos noventa minutos de jogo. Cada jogo é decisivo. Uma vitória seria bom, um ponto também, talvez. Primeiro temos de fazer um jogo muito bom para ter a chance de ganhar pontos."

Quem jogará na frente de ataque do Benfica? "Tudo é possível. Mas temos jogado na maior parte das vezes com um avançado-centro. Na última época foi quase sempre com o Gonçalo Ramos, ele saiu e temos novas opções. Temos o Casper [Tengstedt], Arthur [Cabral], [Petar] Musa e estiveram muito bem nos últimos jogos. Com o Arthur, não é tão fácil, veio depois da pré-temporada. Agora tem de adaptar-se ao estilo de jogo. Vou dar-lhe o maior número de minutos possíveis para tornar isso mais fácil. É um grande jogador e uma grande pessoa. O importante é que amanhã os jogadores do banco estejam preparados, porque vamos precisar deles."

João Vítor ausente: "Hoje não. Não vou mesmo comentar isso hoje."