A UEFA abriu hoje um inquérito disciplinar ao Paris Saint-Germain, ao seu presidente Nasser Al-Khelaifi e ao diretor desportivo Leonardo, pelo comportamento destes dirigentes após a eliminação frente ao Real Madrid, na Liga dos Campeões de futebol.
Em declarações à AFP, um porta-voz do organismo refere o artigo 15.º do regulamento disciplinar do órgão, que sanciona o “comportamento incorreto de jogadores e dirigentes”, nomeadamente o seu ponto 11 que aborda os “princípios gerais de conduta”.
A moldura penal dos culpados por “comportamento antidesportivo” e incumprimento de “instruções dadas pelo árbitro” vai desde jogos de suspensão a multas.
De acordo com os media espanhóis, no final da derrota por 3-1 em Madrid - com reviravolta na última meia hora quando os gauleses controlavam o jogo e estavam dois golos à frente na eliminatória – os dois dirigentes tiveram “comportamento agressivo” em relação ao árbitro.
O primeiro dos três golos de Karim Benzema (que marcou aos 61, 76 e 78 minutos) é o alvo das maiores críticas, pois os dirigentes entendem que o francês fez falta sobre o guarda-redes do PSG Gianluigi Donnarumma no início do lance, sem que o árbitro sancionasse a alegada falta ou sequer consultasse o videoárbitro (VAR).
Em Espanha, noticia-se que os dois responsáveis do PSG "demonstraram um comportamento agressivo e tentaram entrar no balneário" da equipa de arbitragem, liderada pelo holandês Danny Makkelie.
“Quando o árbitro pediu para que saíssem, bloquearam a porta e o presidente [Nasser Al-Khelaifi] bateu intencionalmente na bandeira de um dos assistentes, acabando por parti-la”, terá confessado o juiz do jogo, segundo os media locais.
Os diários desportivos espanhóis Marca e As relatam mesmo que Nasser Al-Khelaïfi e Leonardo entraram, por engano, no balneário do delegado do Real Madrid ao jogo, Megía Dávila, enquanto procuravam o dos árbitros.
Do lado dos parisienses a versão é diferente, assumindo que a dupla tentou falar com o árbitro, tendo insistido nessa pretensão quando a mesma foi recusada.
O tom do desagrado terá subido quando perceberam que a cena estava a ser filmada, tendo ambos pedido ao autor da filmagem para parar de o fazer.
Com a vantagem de 1-0 trazida de Paris, o PSG adiantou-se aos 39 minutos, com novo golo de Kylian Mbappé, traduzindo o melhor futebol da sua equipa, que poderia ter chegado ao intervalo com vantagem maior, dada a sua supremacia.
Na etapa complementar o desafio parecia controlado, quando o controverso lance mudou tudo, com os ‘merengues’ imparáveis na procura da reviravolta ante um agora irreconhecível PSG que se afundou e acabou eliminado.
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