O Sporting isolou-se esta quinta-feira no segundo lugar do Grupo D da Liga Europa em futebol, ao vencer por 1-0 na receção aos noruegueses do Rosenborg, em encontro da terceira jornada.
Um golo do congolês Yannick Bolasie, a meias com um defesa norueguês, aos 70 minutos, selou o segundo triunfo na prova dos ‘leões’, que vinham de um desaire por 2-0 no reduto do Alverca, do Campeonato de Portugal, na terceira ronda da Taça de Portugal.
Na classificação, o PSV Eindhoven, que se ficou por um empate a zero na receção ao LASK, soma sete pontos, contra seis do Sporting, quatro dos austríacos e nenhum do Rosenborg.
O jogo: Lenços brancos e muito a desejar
O Sporting entrou no jogo com pouca velocidade e pouca intensidade. Os minutos iniciais do encontro com os noruegueses do Rosenborg mostraram duas equipas lentas e com pouca vontade de marcar. À medida que o tempo passava no relógio, o Sporting arranjava forma de sobressair, principalmente pela qualidade individual de jogadores como Bruno Fernandes e Vietto, e não tanto por jogadas coletivas.
Aos 20 minutos de jogo o panorama era já bem diferente. O Sporting estava nesta altura muito mais confortável no terreno e a mostrar uma grande facilidade em criar oportunidades de golo, no entanto, continuava a faltar a eficácia no que à finalização diz respeito.
Mas, o momento alto dos leões foi sol de pouca dura. O resto da primeira parte espelhou uma equipa com muita posse de bola, mas sem eficácia e com uma exibição relativamente fraca, algo que não agradava aos adeptos leoninos que assistiam ao encontro nas bancadas e que faziam questão de mostrar o seu descontentamento com o conjunto de Silas. Enquanto isso, o Rosenborg crescia cada vez mais na partida e perto do intervalo mostrou capacidade de assustar Renan Ribeiro.
A segunda parte começou tão fraca como a primeira. O Sporting parecia não conseguir encontrar-se e o Rosenborg parecia não ter mais nada para dar. Os vinte minutos iniciais do segundo tempo em Alvalade não tiveram emoção e deixaram desiludidos os amantes do futebol.
Numa tentativa de virar o jogo, aos 65 minutos, Silas decidiu trocar Luiz Phellype pelo jovem Pedro Mendes da equipa sub-23 do Sporting. Não foi por Mendes, mas a verdade é que o golo acabou por aparecer. Numa altura em que o Estádio de Alvalade estava praticamente adormecido, eis que surgiu a luz ao fundo do túnel. Na sequência de um remate de Vietto, a bola sobiu muito na área e Bolasie conseguiu ganhar de cabeça nas alturas com a bola a tocar ainda em Hovland e a trair Hansen. Estava feito o primeiro (e único) golo do encontro.
Nos últimos 15 minutos de jogo, o Rosenborg ainda tentou empatar e provocou mesmo alguns sustos aos adeptos sportinguistas em Alvalade, mas sem sucesso. Apesar das várias tentativas, os noruegueses não conseguiram enganar Renan Ribeiro.
Sem criatividade, o Sporting fez uma exibição muito fraca, a par com o Rosenborg, que demonstrou muitas dificuldades apesar da pobre eficácia dos jogadores leoninos. Os noruegueses apresentaram-se com poucas soluções e com (grandes) limitações ao nível da técnica.
No final do jogo e graças ao pobre futebol que as duas equipas mostraram nesta noite europeia, não faltaram em Alvalade os lenços brancos.
O momento: O primeiro (e único)
Num jogo sem qualquer emoção, o momento não é propriamente difícil de escolher e vai claramente para o primeiro (e único) golo do encontro. Vietto rematou, Bolasie cabeceou e depois de tocar em Hovland, o esférico acabou dentro da baliza de Hansen.
Polémica: Um penálti por assinalar
Logo aos dez minutos de jogo, o Sporting reclamou penálti. Acuña cruzou, Luiz Phellype cabeceou e Hovland cortou para canto. Pediu-se grande penalidade em Alvalade por suposto braço do central norueguês, mas o árbitro mandou jogar.
A (inesperada) figura
Ao (baixo) nível que o Sporting se apresentou na noite desta quinta-feira seria difícil encontrar uma figura para o jogo. Pelo menos até ao momento do golo. Não podemos dizer que a exibição de Bolasie foi extraordinária, mas a verdade é que o golo do avançado de 30 anos valeu os três pontos aos leões e por isso mesmo ele leva o 'prémio para casa'.
O pior: Perdido em combate
No meio de uma equipa sem ideias e que deixou a criatividade em casa, houve um jogador que se conseguiu destacar pelas piores razões. Luiz Phellype esteve 65 minutos em campo, mas a sua contribuição para a vitória do Sporting foi zero.
As reações:
Emanuel Ferro: "Nós sabemos o que queremos para a equipa"
Mathieu: "Estamos mais confiantes"
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