Senhoras e senhores passageiros sejam bem-vindos ao voo com a primeira escala em Glasgow mas, destino final... será em Dublin? O vosso comandante para esta viagem vai ser Rafa Silva.

Foi um voo com alguma turbulência e, principalmente muita chuva, contudo, a aterragem foi bem sucedida, inclusive, foi feito aquilo que nunca tinha sido conseguido: vencer o Rangers.

A verdade é que a história em terreno escocês não costuma sorrir às águias, de forma que, houve apenas uma vitória encarnada frente ao Hearts... rumo ao título europeu de 1960/61.

Mas, para chegar à capital irlandesa os encarnados ainda vão ter mais duas paragens, ainda desconhecidas, pelo caminho.

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O Jogo:

Numa parte com pouca história para ser escrita, uma vez que foram 45 minutos bastante divididos e com oportunidades de parte a parte mas sem criar grande frisson junto às balizas de Trubin e Butland.

O Rangers conseguiu crescer na partida perto da meia hora, uma vez que ganhava a maioria dos duelos frente aos jogadores encarnados. Contudo, a resposta das águias acabou por surgir pela cabeça de Marcos Leonardo que atirou ao lado, após um cruzamento de Di María.

A partir desse lance o Benfica tentou crescer na partida e, aos 37 minutos, criaram uma nova oportunidade: João Neves fez um grande passe para Di María que cruza rasteiro, Marcos Leonardo e Rafa hesitam e, o avançado português acaba por rematar prensado.

A segunda parte não começou de feição para a equipa da capital lisboeta, uma vez que, foram os protestantes a criar as primeiras oportunidades principalmente por Desser e Souttar. O Rangers aproveitava a falta de critério da equipa das águias para criar mais ocasiões, primeiro por Dessers, depois por... António Silva que teve perto de trair Trubin com o corte que não saiu longe do poste da baliza encarnada.

Mas, a entrada de Tengstedt na segunda parte mexeu com a equipa e, foi mesmo o avançado dinamarquês que podia ter aberto o marcador em Glasgow, na sequência de dois remates de Di María travados por Yilmaz, Tengstedt podia ter feito mais, mas o remate saiu à figura.

O aviso foi dado e, não foi preciso esperar mais. Contra-ataque iniciado por Di María que lança, de cabeça, Rafa para uma arrancada bem ao seu estilo, o avançado português não desperdiçou e inaugurou o marcador. O lance ainda foi invalidado, mas após análise do videoárbitro contou mesmo.

A partir daí o Benfica ganhou a confiança necessária para segurar o resultado e carimbar a passagem aos quartos de final da Liga Europa, tendo estado, inclusive, próximo de dilatar a vantagem pelos pés de Bah.

A primeira escala já está, agora o Benfica descobre, esta sexta-feira, onde fará a segunda escala que lhe pode dar passagem às meias finais da competição.

Momento-chave:

O golo de Rafa, perto dos 70 minutos, que acabou por sentenciar a partida e, dar a confiança necessária ao Benfica para segurar o resultado e, consequentemente, o apuramento para os quartos de final da Liga Europa.

O Melhor:

É inevitável não falar em Rafa, uma vez que, numa jogada tipicamente sua, decidiu uma eliminatória que estava 'partida'. Pode não ter sido o melhor jogador do extremo encarnado pelo Benfica, contudo, a importância do tento merece que esteja entre os melhores.

Também Aursnes voltou a fazer um jogo seguro e que balanceou a equipa para o ataque e protegeu o Benfica de um possível golo dos protestantes de Glasgow. Outra das referências constantes dos encarnados é João Neves que voltou a fazer um jogo bastante consistente e com qualidade na Escócia.

O Pior:

Marcos Leonardo ficou aquém das expectativas para o encontro frente ao Rangers, não tendo criado grandes ocasiões para os encarnados. A substituição ao intervalo demonstra a falta de intervenção que teve na frente de ataque das águias, uma vez que, já dava sinais de cansaço por volta dos 20 minutos da partida.

O Golo:

Reações:

Roger Schmidt fala da "equipa top num jogo especial". António Silva e Bah destacam a importância de "vencer para ganhar confiança"

Philippe Clément: "Tivemos mais domínio e empurrámos o Benfica para trás"