O Benfica é o “rei” da Liga Europa em futebol, jovem competição em que detém o recorde de vitórias, pontos e golos marcados, mas falta-lhe a “coroa”, um título que volta a estar a um triunfo de distância.
Depois de ter perdido a final da época passada, frente ao Chelsea, por culpa de um golo nos descontos, aos 90+3 minutos, o conjunto da Luz disputa este ano o jogo decisivo frente ao mais acessível Sevilha, num embate marcado para Turim.
Caso derrube o conjunto frente ao qual cumpriu o batismo europeu, na longínqua temporada de 1957/58, o Benfica dará o último passo num trajeto sempre ascendente: “quartos” em 2009/10, “meias” em 2010/11 e final em 2012/13.
Pelo meio, em 2011/12, os comandados de Jorge Jesus chegaram aos quartos de final da Liga dos Campeões, por isso serem atualmente os sextos do ranking europeu, a um passo de destronarem do quinto os ingleses do Manchester United.
O extraordinário trajeto do Benfica na Liga Europa, competição criada em 2009/10, substituindo a Taça UEFA, está bem espelhado em 67,8 por cento de triunfos: 25, em apenas 37 jogos, não contando as pré-eliminatórias, no caso o “play-off” de 2009/10.
De resto, os “encarnados” somaram sete empates (18,9 por cento), o último a zero em Turim, face à Juventus, rumo à 10.ª final europeia, e perderam apenas cinco jogos (13,5), sendo que seguem invictos em 2013/14 (seis vitórias e dois empates).
No “ranking” da prova, o Benfica lidera nos pontos (são contabilizados dois por triunfo), com 57, contra 55 do PSV Eindhoven, nas vitórias, com 25, face às 23 do Atlético de Madrid, e nos golos, com 68, em contraponto com os 64 dos holandeses.
Individualmente, Cardozo é o segundo melhor marcador, com 20 golos, contra 30 do colombiano Radamel Falcao, e Salvio o que mais jogou (metade dos 40 pelo Atlético de Madrid), sendo que o paraguaio (35 pelo Benfica) e Luisão (33) estão perto do segundo lugar, de Ola Toivonen (36), do PSV Eindhoven.
O Benfica estreou-se na Liga Europa em 2009/10, na primeira época sob o comando de Jorge Jesus, e viveu um ano de recordes, com nove vitórias, contra as sete de 1960/61 e 89/90, e 29 golos marcados, face aos 27 de 1964/65.
O Vorskla Poltava não deu luta no “play-off” (4-0 em casa e 1-2 fora) e, na fase de grupos, o Benfica foi primeiro sem problemas, com cinco vitórias, duas face ao Everton (5-0 em casa e 2-0 fora), e uma derrota (0-1 com o AEK, em Atenas).
Depois, os “encarnados” despacharam o Hertha (1-1 em Berlim e 4-0 na Luz) e sofreram face ao Marselha (1-1 em casa e 2-1 na França), antes de caírem perante o Liverpool, com um triunfo em casa por 2-1 e um desaire por 4-1 em Anfield Road.
Em 2010/11, o Benfica “tombou” da fase de grupos da “Champions” para os 16avos da Liga Europa e uma eliminatória histórica com o Estugarda, já que venceu pela primeira vez na Alemanha (2-0), depois de um tangencial 2-1 na Luz.
O Paris Saint-Germain (2-1 em França e 1-1 fora) e o PSV Eindhoven (4-1 em casa e 2-2 na Holanda, após uma desvantagem de dois golos), foram ainda mais complicados, até que, nas “meias”, o “onze” de Jorge Jesus perdeu para o Sporting de Braga (2-1 em casa e 0-1 fora) o primeiro confronto 100 por cento luso na Europa.
Na época passada, os “encarnados” voltaram a “cair” da “Champions” para a Liga Europa, na qual arrancaram com cinco triunfos, dois face a Bayer Leverkusen, outros tantos com o Bordéus e um frente ao Newcastle – o 1-1 em Inglaterra selou, depois, as “meias”.
O acesso à final foi disputado com o Fenerbahçe e, desta vez, o Benfica não falhou: perdeu por 1-0 em Istambul, mas, na Luz, mesmo consentido o 1-1, retificou, vencendo por 3-1.
Em Amesterdão, na final com o favorito, Chelsea, a equipa da Luz ainda anulou o tento inicial de Fernando Torres, com um penálti de Cardozo, mas, nos descontos, Ivanovic acabou com o sonho de uma equipa que merecia melhor sorte.
O Benfica caiu, mas reergueu-se e está de novo na final, em mais um percurso iniciado nos 16 avos de final, depois de 10 pontos não terem dado para chegar aos “oitavos” da Liga dos Campeões.
Os gregos do PAOK (1-0 fora e 3-0 em casa), os ingleses do Tottenham (3-1 fora e 2-2 em casa), os holandeses do AZ Alkmaar (1-0 fora e 2-0 em casa) e os italianos da Juventus (2-1 em casa e 0-0 em Turim) foram os adversários que o “onze” de Jesus fez cair, rumo à final de Turim, quarta-feira, com o Sevilha.
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