A polícia polaca revelou hoje que 23 adeptos da Lazio de Roma vão continuar detidos provisoriamente, na sequência dos desacatos e agressões ocorridos após a última partida da Liga Europa com o Legia de Varsóvia (0-2).
«Vinte e três adeptos italianos continuam detidos provisoriamente», declarou Agnieszka Wlodarska, do gabinete de imprensa da polícia de Varsóvia.
A situação legal dos adeptos, que são acusados de agressão a agentes da polícia e concentrações ilegais, foi objeto de uma comunicação telefónica entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da Polónia, Radoslaw Sikorski, e de Itália, Emma Bonino, refere um comunicado divulgado hoje pela diplomacia do governo de Varsóvia.
«O ministro Sikorski assegurou (a Emma Bonino) que todos os ‘hooligans’ foram interpelados e condenados de acordo com a lei polaca, pelas instituições competentes. Prometeu também a sua ajuda para explicar todas as circunstâncias da atuação» da força policial, acrescenta o comunicado.
Na Polónia, a agressão contra agentes das forças de segurança pode implicar uma pena de até 10 anos de prisão e as reuniões ilegais de três anos.
A polícia interrogou 153 adeptos italianos no centro de Varsóvia, que foram assistir à partida entre a Lazio e o Legia, a qual a equipa transalpina venceu por 2-0.
A maioria dos adeptos detidos foi libertada, condenada a penas suspensas, multas ou interdição de entrada nos estádios e regressou a Itália. De acordo com a polícia, os adeptos arremessaram pedras e garrafas.
Na presente temporada, a Lazio teve de jogar uma das partidas à porta fechada, na sequência de insultos dos seus adeptos aos polacos no primeiro jogo com o Legia realizado em Roma, em setembro.
Nessa ocasião, 16 adeptos do Legia de Varsóvia foram interrogados pela polícia italiana, depois de acontecimentos violentos ocorridos à margem da partida. O Legia foi já punido várias vezes com jogos à porta fechada por comportamento violento dos seus adeptos.
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