Mais de 36 mil adeptos estiveram em Alvalade a assistir a um dos jogos da época para o Sporting. Na receção ao Arsenal para os oitavos de final da Liga Europa, os Leões empataram a dois golos e saem vivos da eliminatória na viagem até Londres.
Saliba fez o primeiro para os ingleses aos 22 minutos e Gonçalo Inácio empatou tudo aos 34 minutos. Já na segunda parte, foi Paulinho a dar vantagem à equipa portuguesa aos 55 minutos, mas o Arsenal fechou o jogo com o empate num auto-golo de Morita aos 62 minutos.
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Esgaio a titular e Arsenal com seis mudanças
Num jogo em que não se pedia grandes invenções, o Sporting acabou por fazer uma nova aposta na lateral-direita, mas forçada. Bellerín não teve a oportunidade de reencontrar a antiga equipa por problemas físicos (traumatismo no joelho) e Esgaio foi o eleito.
Com a ausência de Ugarte, já era expectável o recuo de Pote para o meio-campo, junto a Morita. Paulinho também manteve o lugar na frente de ataque com Chermiti no banco. Os Leões mantiveram o habitual 3-4-3.
No Arsenal, Arteta apresentou algumas mudanças com um 4-2-3-1. Xhaka, Jorginho, Saka,Martinelli e Fábio Vieira foram titulares num reencontro do ex-FC Porto com o Sporting. No banco de suplentes, destaque para a presença de um jovem jogador português - Mauro Bandeira, enquanto que Gabriel Jesus não apareceu na ficha de jogo.
Gonçalo Inácio fez tudo "sozinho"
Em Alvalade, todos sabiam que este poderia ser o jogo da época para o Sporting. Eram 17h45 e as bancadas enchiam aos poucos para ouvir o hino da Liga Europa frente ao líder incontestado da Premier League.
O ambiente parecia contagiar os Leões que entraram no encontro afirmativos e pressionantes. Aos seis minutos, a primeira grande oportunidade da equipa da casa e Pedro Gonçalves ainda deve estar a pensar como falhou um golo daqueles. O médio leonino fez tudo bem na chegada à área, tirou Jorginho do caminho, mas rematou ao lado da baliza de Turner.
Após um início intenso, o jogo parecia estabilizar e o Arsenal começava a tomar mais conta da bola. O ex-FC Porto Fábio Vieira sempre que tocava na bola, não recebia o perdão das bancadas de Alvalade.
Foi neste registo que surgiu o 1-0... da equipa inglesa aos 22 minutos. Num canto, Saliba foi marcado por Pote e não precisou de voar muito para fazer o primeiro e desanimar as bancadas. No relvado, os ânimos também aqueceram.
A equipa de Amorim precisava urgentemente de reagir e a verdade é que não tardou muito até ao golo do empate. Antes, Zinchenko ainda ensaiou aquele que seria o 2-0 num livre e posterior recarga para defesa atenta de Adán.
Edwards parecia um dos mais inconformados dos Leões, mas pecava na hora da decisão... ou não rematava ou passava a bola tarde demais.
Nesse capítulo, foi o jovem central Gonçalo Inácio a tomar conta das incidências e, depois de ganhar um canto com um remate de fora da área, fez mesmo 1-1. Aos 34 minutos, o português voou mais alto que os Gunners e atirou sem hipóteses para Turner. Era o golo da igualdade pago na mesma moeda.
Edwards ainda voltava a fazer das suas antes do final do primeiro tempo, mas os dois golos ficavam mesmo na sequência de pontapés de canto. A segunda parte prometia em Alvalade.
Paulinho ainda mostrou os dentes, mas um auto-golo estragou o sonho
Na segunda parte, as expectativas eram altas, até porque o Sporting não mostrava inferioridade a este Arsenal. Logo no início, Morita começou a assustar os Gunners, que responderam por Martinelli e Fábio Vieira. Primeiro foi Adán e depois o desacerto a salvar a equipa da casa.
A verdade é que o momento da tarde estava reservado para Paulinho. O Sporting não vinha a brincar para este segundo tempo e, com os olhos pontos na baliza adversária, criou a jogada do 2-1. Primeiro foi Edwards a assistir Pedro Gonçalves e na recarga o avançado português 'mandou' Alvalade abaixo. Estava feito o 2-1 aos 55 minutos e só se ouvia o habitual 'Freed from desire'.
A verdade é que foi mais uma vez o desacerto a trocar as voltas a este Sporting. Os Leões tinham tudo para fazer o 3-1 e, quiçá, fechar o jogo, mas Paulinho, praticamente isolado, atirou bem por cima da baliza.
Como quem não marca sofre, o Arsenal empatou aos 62 minutos, num lance de tremenda infelicidade para a equipa portuguesa. Morita colocou-se no caminho do remate de Xhaka e a bola traiu Adán. Estava feito o 2-2 e o Arsenal ganhava outra confiança.
Os Gunners galvanizaram-se e ainda se deram ao luxo de falhar um 3-2 praticamente certo. Martinelli isolou-se na cara de Adán, ultrapassou o guardião espanhol, mas permitiu o corte impiedoso de St. Juste que também virou herói em Alvalade.
O golo da vantagem dos Gunners ainda podia ter chegado pouco tempo depois, mas desta vez Adán brilhou mesmo a tirar o pão da boca a Fábio Vieira.
Amorim percebia que algo era preciso mudar, e do banco saíram as opções na busca de algo mais. Diomandé refrescava a defesa enquanto que Nuno Santos e Chermitti traziam outra velocidade à frente de ataque. Arteta também não se deixava ficar e colocava Partey, Gabriel e Smith Rowe em campo.
Os últimos minutos foram de maior domínio do Arsenal, com o Sporting a aproveitar os espaços para conseguir algo mais e galvanizado pelo público. Fatawu, da Youth League para a Liga Europa, ainda somou alguns minutos, mas o resultado não se alterou com um empate final a dois golos.
De referir ainda que Morita e Coates viram o cartão amarelo e estão de fora da segunda mão, em Londres, a 16 de março.
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