A advogada de Achraf Hakimi denunciou hoje que o futebolista internacional marroquino está a ser “alvo de tentativa de extorsão”, enquanto o Paris Saint-Germain dispôs-se a apoiar o seu jogador, que foi indiciado de um crime de violação.
“A meu ver, a conclusão que resulta dos documentos na posse da polícia judiciária é que o Sr. Hakimi foi, neste processo, alvo de uma tentativa de extorsão”, afirmou Fanny Colin, em comunicado, advogando que o facto de ter sido indiciado “lhe permite, enfim, defender-se”.
Um assessor de comunicação do PSG afirmou que o clube “dará apoio” a Hakimi e que “confia na justiça francesa”, recusando fazer mais comentários sobre o caso, tal como o treinador da equipa principal, Christophe Galtier, que rejeitou hoje responder a qualquer questão extradesportiva sobre Hakimi.
Hakimi, de 24 anos, foi interrogado e indiciado de um crime de violação por um juiz de instrução criminal, na quinta-feira, tendo sido alvo de medidas de coação, informou hoje a procuradoria de Nanterre, localidade da região metropolitana de Paris, contactada pela AFP.
O defesa é acusado por uma mulher, também de 24 anos, de a ter violado no sábado passado, na residência do jogador marroquino, em Boulogne-Billancourt, região situada a cerca de 10 quilómetros do centro da capital francesa.
O Ministério Público informou que o jogador ficou impedido de contactar a alegada vítima de violação, mas não está impedido de sair do país, algo que a equipa do PSG terá de fazer na próxima semana, pois jogará na quarta-feira na Alemanha, com o Bayern Munique, na segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões.
Hakimi participou no treino de hoje do campeão e líder da Liga francesa e Galtier revelou, em conferência de imprensa, que “o objetivo é que esteja disponível para jogar em Munique”, num encontro em que a equipa francesa tentará recuperar da derrota por 1-0 sofrida em Paris.
O futebolista foi interrogado um dia após a mulher que o acusa ter sido ouvida pela justiça francesa, na quarta-feira, de acordo com fontes próximas do processo, depois de ter denunciado a situação numa esquadra de polícia no domingo anterior, sem apresentar de imediato queixa.
“Retive que a denunciante se recusou a apresentar queixa, a submeter-se ao mais ligeiro exame médico ou psicológico e a confrontar-se com Achraf Hakimi, embora a acusação se baseie, exclusivamente, nas suas palavras”, assinalou Fanny Colin.
Hakimi, colega no PSG dos portugueses Nuno Mendes, Danilo, Renato Sanches e Vitinha e de ‘superestrelas’ como Messi, Mbappé e Neymar, é considerado um dos melhores laterais direitos do mundo, tendo integrado a equipa do ano de 2022 designada pela FIFA.
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