Oito em cada dez franceses estão a favor os clubes de futebol paguem o imposto extraordinário previsto pelo governo gaulês para quem ganhe mais de um milhão de euros anuais, o que motivou uma greve prevista para novembro.
Uma sondagem da televisão LCI revelou hoje que 83 por cento dos inquiridos considera «injustificada» a greve convocada na quinta-feira pela União de Clubes Profissionais de Futebol (UCPF) para a última semana de novembro, a primeira do futebol francês desde 1972.
Os deputados franceses aprovaram, na passada semana, uma proposta de legislação que permitirá aplicar aquela taxa, no âmbito do Orçamento de Estado para 2014, que será analisado pelo Senado antes de ser aprovado, em versão final, pela Assembleia Nacional daquele país.
Esta «contribuição excecional de solidariedade», assim apelidada pelos legisladores, incidirá sobre remunerações superiores a um milhão de euros e estará em vigor até 2014.
Os presidentes dos clubes estimam que o imposto custará cerca de 44 milhões de euros só na liga principal, incidindo sobre os cerca de 120 jogadores que ganham acima do milhão de euros anuais.
Na maioria dos casos, são os clubes de futebol que pagam os impostos, já que os jogadores assinam contratos com indicação de salário líquido. Assim, muitos dos presidentes dos clubes queixam-se de que se tivessem sabido com antecedência do novo imposto, teriam negociado de outra forma.
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