A ministra do Trabalho de Moçambique, Helena Taipo, apontou a expulsão do treinador português Diamantino Miranda do país como exemplo de que «o Governo não admitirá que os moçambicanos passem por humilhações dentro do seu próprio território».
Diamantino Miranda, que treinava a equipa de futebol do Costa do Sol, foi obrigado este mês pelo Ministério do Trabalho de Moçambique a abandonar o país em 48 horas, acusado de violar a legislação laboral «por ofensas à dignidade dos moçambicanos».
O técnico disse numa discussão com um grupo de jornalistas no final de um jogo da sua equipa que «todos aqui são ladrões», em protesto contra o desempenho dos árbitros moçambicanos nos jogos.
Falando na abertura do XXV Conselho Coordenador do Ministério do Trabalho de Moçambique, a titular do pelouro, Helena Taipo, apontou a medida contra Diamantino Miranda como um sinal de que as autoridades moçambicanas não vão permitir a violação da legislação laboral.
«O Governo reitera que não admitirá que os moçambicanos passem por humilhações dentro do seu próprio território (…). A medida tomada contra o cidadão Diamantino Miranda, de nacionalidade portuguesa, ex-treinador da equipa principal de futebol do Costa do Sol, face aos seus pronunciamentos, reveladores de falta de ética, é um dos exemplos», disse Helena Taipo.
Nessa esteira, o Ministério do Trabalho de Moçambique também determinou este mês a cessação de funções do gestor financeiro do Hospital Privado de Maputo, o zimbabueano Gavin Tarenda Samaneka, acrescentou Helena Taipo.
Para a ministra moçambicana do Trabalho, o rigor no cumprimento da legislação laboral em relação aos trabalhadores estrangeiros deve ser acrescido, tendo em conta o incremento de mão-de-obra estrangeira nos últimos anos, para 27.016 pessoas, o que perfaz 80 por cento do universo de 35.792 cidadãos estrangeiros residentes em Moçambique.
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