O Boca Juniors foi surpreendido com uma contrariedade de última hora: os Estados Unidos recusaram conceder o visto de entrada ao defesa Ayrton Costa, o que compromete a presença do jogador no Mundial de Clubes.

A decisão coloca o clube argentino em apuros na preparação para o torneio, onde defrontará o Benfica na fase de grupos.

A negativa está relacionada com o envolvimento do futebolista de 25 anos em dois processos judiciais na Argentina. O primeiro remonta a 2018, quando Ayrton Costa foi detido durante uma fuga após um assalto em grupo. O segundo caso é mais recente e envolve a morte da mulher do seu irmão, num episódio de alegado feminicídio ocorrido numa residência onde o atleta também se encontrava presente. Apesar de não ter sido acusado diretamente, a ligação ao caso contribuiu para levantar dúvidas às autoridades norte-americanas.

Esta não é a primeira vez que o defesa enfrenta este tipo de obstáculo: há cerca de um ano e meio, quando representava o Independiente, viu-se igualmente impedido de viajar para os Estados Unidos, onde a equipa tinha planeado a pré-temporada.

Perante a situação, o Boca Juniors apresentou um pedido formal à FIFA, solicitando a intervenção da entidade máxima do futebol junto das autoridades dos EUA, na tentativa de reverter a decisão e garantir a presença do jogador na competição.

Para já, Ayrton Costa continua a treinar em Buenos Aires, enquanto o plantel prepara a deslocação para o Mundial. A incerteza em torno da sua participação permanece como uma dor de cabeça para o técnico xeneize.