Um ‘golaço’ de Ángel Di Maria valeu na sexta-feira à Argentina uma muita sofrida vitória no Uruguai, por 1-0, no fecho da 13.ª jornada da zona sul-americana de qualificação para o Mundial de futebol de 2022.
O ex-jogador do Benfica decidiu o encontro logo aos sete minutos, com um remate em arco que sobrevoou Muslera e entrou junto ao ângulo superior direito da baliza uruguaia, depois de uma recuperação de Dybala, titular em vez de Messi, que, depois de uma paragem por problemas musculares, só entrou aos 76 minutos.
Com este triunfo, a Argentina passou a somar 28 pontos, com menos um jogo, e tem o apuramento para o Qatar quase assegurado, face aos oito de avanço sobre o Equador (terceiro) e os 12 face a Chile (quarto), Colômbia (quinta) e Uruguai (sexto).
Os argentinos, que não falham um Mundial desde 1974 e desde então somaram os seus dois títulos (1978 e 1986) e mais duas finais (1990 e 2014), podem carimbar o apuramento já na terça-feira, quando receberem em San Juan o já qualificado Brasil.
“Foi um jogo muito difícil, mas já sabíamos que ia ser duro e complicado. Perdemos muitas bolas no nosso meio-campo, mas conseguimos manter a baliza a zero. Vamos contentes, pois são três pontos importantes, que nos deixam mais perto do objetivo”, afirmou o benfiquista Otamendi, depois de cumprir os 90 minutos.
Por seu lado, o Uruguai, ‘carrasco’ de Portugal nos ‘oitavos’ do Mundial de 2018, está fora dos lugares de apuramento – os quatro primeiros qualificam-se diretamente e o quinto segue para os ‘play-offs’ -, depois de um jogo em que acusou muito ausências como as de Cavani, Valverde, De Arrascaeta ou Viña.
A eficácia fez toda a diferença, com o Uruguai a perder uma grande oportunidade logo aos quatro minutos, por Nández, contrariado por ‘Dibu’ Martínez.
No único remate verdadeiramente perigoso em todo o jogo, a Argentina marcou aos sete minutos, por Di Maria, e, depois, foi controlando o jogo com bola, até que, aos 31 minutos, Suárez atirou ao poste direito e ‘acordou’ os anfitriões.
Com intensa pressão, os uruguaios passaram a ‘mandar’ e acumularam ocasiões para empatar, quase sempre após perdas de bola dos argentinos, mas Vecino (42 minutos), Piquerez (50) e Agustín Alvarez (84, 87 e 90+1) não conseguiram marcar.
Na segunda parte, e mesmo quase sempre a defender, a Argentina também poderia ter chegado ao segundo golo, nomeadamente por Joaquín Correa, aos 74 e 75 minutos. Messi ainda fez um remate, aos 90+3, servido por Acuña, mas muito por cima da barra.
Desta forma, a Argentina logrou aumentar para 26 jogos (17 vitórias e nove empates) a sua série de invencibilidade, iniciada depois da derrota por 2-0 com o Brasil nas meias-finais da edição 2019 da Copa América, em 02 de julho.
A ronda teve os restantes jogos na quinta-feira, merecendo destaque o Brasil, que se qualificou para uma 22.ª fase final (é o único totalista), ao vencer em casa a Colômbia por 1-0, com um golo de Lucas Paquetá, aos 72 minutos.
Por seu lado, o Equador (1-0 à Venezuela) reforçou o terceiro lugar, o Chile (1-0 no Paraguai) subiu a quarto e o Peru (3-0 à Bolívia) ascendeu a sétimo, a dois pontos de chilenos, colombianos e uruguaios.
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