O presidente da comissão responsável pelo digital, cultura e desporto recomendou hoje às federações britânica e irlandesa que desistam de sediar o Campeonato do Mundo de 2030 em futebol, face ao “problema de reputação a nível internacional”.
Os incidentes violentos protagonizados pelos adeptos na final de Wembley, do Euro2020, disputado no verão de 2021, devido à pandemia de covid-19, acabaram por deixar marcas um pouco por toda a cidade de Londres e, principalmente, no palco do encontro, no qual a seleção italiana venceu precisamente a Inglaterra.
"Todos sabem o fervor em torno de uma candidatura ao Campeonato do Mundo, um projeto enorme e caro. É triste, porque estamos idealmente equipados para receber este torneio, mas temos um enorme problema de reputação a nível internacional neste desporto”, lamentou Julian Knight, em declarações prestadas à agência britânica PA.
Doze partidas do Euro2020 foram realizadas em Wembley e na Escócia, mas os atos de violência aconteceram antes do derradeiro encontro, quando centenas de adeptos, sem ingressos, forçaram a entrada no palco da final, entrando em confrontos com a polícia.
Mais tarde, a UEFA impôs à Inglaterra um castigo de dois jogos disputados à porta fechada, sendo um de forma suspensa, e uma multa de 100 mil euros.
Além do Reino Unido, que junta vários países que têm seleções individuais (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte), concorrem à organização do Campeonato do Mundo Espanha e Portugal, numa candidatura conjunta, Marrocos, em África, e o quarteto sul-americano Uruguai, Paraguai, Chile e Argentina.
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