A Confederação Sul-americana de Futebol (CONMEBOL) propôs hoje a substituição por corações três das cinco estrelas da camisola seleção brasileira, que imortalizam o ‘penta’ mundial, em homenagem a Pelé, o tricampeão, nascido na cidade de Três Corações.
A proposta foi feita à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em Doha, no Qatar, onde decorre o Mundial de futebol, numa cerimónia de homenagem a Edson Arantes do Nascimento, conhecido como Pelé, internado desde 29 de novembro, em São Paulo, devido a uma infeção pulmonar.
“Para que Pelé viva sempre na camisola de todos os que amam o futebol, propomos à CBF que troque três das suas estrelas por corações”, disse o presidente da CONMEBOL, Alejandro Dominguez, acrescentando: “Embora ele não tenha sido o único artífice dos três Mundiais, porque o futebol é um desporto de equipas, deu origem ao ‘jogo bonito’.
Alejandro Dominguez considerou que Pelé, de 82 anos, “é um craque, que vive no coração de todos”, desejando “força e longa vida ao rei”.
“Estamos ao lado de Pelé nesta ‘partida’ que está a jogar. É o momento ideal para o homenagear, de novo, para que ele saiba que vive no coração de todos os que amam o futebol”, disse o presidente da CONMEBOL.
Fernando Sarney, representante da CBF na FIFA, classificou como “emocionante” a homenagem Pelé “durante o torneio que o tornou rei do futebol”, e falou do antigo futebolista como “uma inspiração, um exemplo e um símbolo do Brasil”.
Pelé, que é considerado um dos grandes nomes do futebol mundial, venceu três Mundiais (1958, 1962 e 1970) dos cinco que o Brasil tem no palmarés, numa carreira em que apontou 650 golos, quase todos pelo Santos e pela ‘canarinha’.
Edson Arantes do Nascimento, o único futebolista a conseguir vencer três Mundiais, nasceu em Três Corações, no estado de Minas Gerais, em 23 de outubro de 1940.
Segundo o mais recente boletim clínico, divulgado na terça-feira, Pelé, de 82 anos, “apresenta uma evolução progressiva no seu estado de saúde, em especial na infeção respiratória” e “continua com sinais vitais estáveis, consciente e sem grandes alterações”.
A saúde de Pelé tem vindo a piorar nos últimos anos também por outras causas, como problemas na coluna, na anca e nos joelhos, que reduziram a sua mobilidade e o obrigaram a ser operado, além de ter sofrido uma crise renal, o que reduziu drasticamente as suas aparições públicas, embora se mantenha ativo nas redes sociais.
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