A eliminação das seleções africanas no mundial de futebol, que decorre no Brasil, é o reflexo da má organização e implementação de políticas relacionadas com a formação dos atletas, considerou o presidente da Federação Angolana de Boxe, Carlos Luís, quando reagia hoje à Angop, em Luanda, sobre a prestação de África na prova em referência.
De acordo com o dirigente desportivo, há pouco investimento na formação do homem, daí que o futebol a nível de seleções não conseguiu ainda ombrear com as demais da Europa ou América em provas mundiais.
“O problema está na formação e atenção do homem. Os países preocupam-se pouco nesta questão fundamental”, afirmou.
Para ele, em África existem boas infraestruturas desportivas, mas os governos esqueceram-se que essas estruturas devem ser construídas em paralelo ao investimento dos atletas de formação. “Infelizmente isso não acontece”, frisou, acrescentando que, enquanto não houver uma atenção nessa parte, o futebol africano não chegará longe.
O gestor desportivo reconheceu que algumas seleções tiveram algum sucesso nesse mundial, como os casos da Argélia e Nigéria, que perderam na segunda-feira, respetivamente para Alemanha (1-2) e França (0-2) nos oitavos de final.
Contudo, lembrou que parte desse sucesso se deve à prestação de muitos jogadores profissionais africanos que atuam fora do continente.
Segundo disse, internamente não existem futebolistas com muita qualidade. Por este facto, adiantou que é fundamental dar uma especial atenção na formação de quadros de forma a se obter no futuro bons atletas.
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