O veterano avançado alemão Miroslav Klose isolou-se hoje na liderança dos melhores marcadores da história dos mundiais de futebol, ao apontar o seu 16.º golo, deixando para trás o brasileiro Ronaldo.
No Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, e no seu quinto jogo na prova, segundo como titular, o avançado da Lázio de Roma marcou o histórico golo aos 23 minutos, colocando a “Mannschaft” a vencer os anfitriões por 2-0, em embate das meias-finais.
Antes, Thomas Müller tinha apontado o seu 10.º golo em Mundiais, ascendendo ao “top 10”. Já depois de Klose, o médio Toni Kroos já “bisou”, aos 25 e 26 minutos, apontando o 4-0.
Klose, que cumpre o seu 23.º encontro em Mundiais, havia igualado o “Fenómeno” na segunda ronda da fase de grupos, partindo do banco: entrou aos 69 minutos, para o lugar de Mario Götze, e faturou aos 71, selando o 2-2 final face ao Gana.
Antes do Mundial2014, o jogador alemão estava no segundo posto dos marcadores, com 14 golos, em igualdade com o compatriota Gerd Müller, autor de 10 tentos em 1970 e quatro - incluindo o que ditou o título da RFA (2-1 frente à Holanda) - em 1974.
Klose chegou aos 14 golos nos “quartos” do Mundial de 2010, ao “bisar” na goleada à Argentina (4-0), então comandada por Diego Armando Maradona.
Depois desse jogo, o avançado germânico fez um primeiro ataque à liderança da tabela, mas não conseguiu os seus intentos, ao ficar em “branco” nas meias-finais do Mundial2010, face à Espanha (0-1), apesar de ter jogado os 90 minutos.
O jogo seguinte, de apuramento do terceiro lugar, face ao Uruguai (3-2), abria boas perspetivas a Klose, mas Joachim Löw optou por apresentar uma equipa secundária, deixando o avançado no banco, como aconteceu na estreia no Mundial2014, face a Portugal, na goleada por 4-0.
O avançado de 36 anos, natural de Opale, na Polónia, teve a primeira oportunidade no Brasil face aos ganeses e só demorou dois minutos a marcar e a apontar o seu 70.º tento na “mannschaft”, reforçando o estatuto de melhor marcador.
Na terceira jornada da fase de grupos, face aos Estados Unidos, Klose voltou a ser utilizado, entrando para o lugar de Podolski, ao intervalo, mas ficou em “branco”, tal como nos “quartos”, face à França (1-0), em que foi titular, depois de não ter sido opção nos “oitavos”, com a Argélia (2-1, após prolongamento).
A história dos golos de Klose em Mundiais começou a ser escrita a 01 de junho de 2002, na sua estreia na prova, com um “hat-trick” face à Arábia Saudita, que a Alemanha goleou por 8-0.
Nos dois jogos seguintes da fase de grupos, o avançado germânico marcou mais dois golos, um à República da Irlanda (1-1) e outro aos Camarões (2-0), mas, depois disso, não mais marcou na prova, ficando-se pelos cinco tentos – Ronaldo marcou oito.
Em 2006, apontou mais quatro tentos na fase de grupos, com “bis” à Costa Rica (4-2) e ao Equador (2-0), para, nos “quartos”, marcar à Argentina (1-1 após prolongamento e 4-2 nos penáltis) o golo que lhe deu o título de melhor marcador dessa edição.
Há quatro anos, na África do Sul, só marcou um golo na fase de grupos, à Austrália (4-0), mas, a eliminar, apontou mais três, um face à Inglaterra (4-1) e mais dois à Argentina (4-0), passando a totalizar 14 em Mundiais.
No Brasil, já marcou dois e ainda pode aumentar a contabilidade.
* Artigo atualizado às 21h50
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