O Brasil isolou-se sexta-feira na liderança da zona sul-americana de apuramento para o Mundial de futebol de 2022, ao vencer com sofrimento na receção à Venezuela (1-0), de José Peseiro, no fecho da terceira jornada.
No Estádio Morumbi, em São Paulo, a única seleção pentacampeã mundial e que esteve em todas as edições só conseguiu marcar um golo, aos 67 minutos, quando um centro da direita de Everton Ribeiro sobrou para Roberto Firmino, oportuno, faturar.
Depois do 5-0 à Bolívia e do 4-2 no Peru, este tento foi suficiente para o Brasil, sem Neymar, manter o pleno de vitórias, que é também o pleno de derrotas da Venezuela, que já havia perdido na Colômbia (0-3) e na receção ao Paraguai (0-1).
Nos anfitriões, o benfiquista Everton entrou aos 76 minutos, em substituição de Gabriel Jesus, enquanto Jhon Murillo, jogador do Tondela, não foi utilizado por Peseiro, numa Venezuela que defendeu bem, mas raramente incomodou Ederson.
Antes, no Estádio Nacional, em Santiago, Arturo Vidal, ‘rei’ de ‘La Roja’, foi o protagonista da receção do Chile ao Peru, ao marcar os dois golos do encontro (2-0), para ‘vingar’ o 0-3 das meias-finais da última Copa América.
O médio do Inter de Milão inaugurou o marcador aos 20 minutos, com um espetacular remate de fora da área ao ângulo superior esquerdo, que deixou Gallese ‘petrificado’, e fechou a contagem aos 35, oportuno, após centro de Orellanna e remate de Mora.
Por seu lado, o Uruguai acabou com a invencibilidade em jogos oficiais da Colômbia na ‘era’ Carlos Queiroz, ao sétimo encontro, num embate em que o benfiquista Darwin Núñez apontou o 0-3 final, aos 73 minutos, com um remate de fora da área.
Em Barranquilla, o jogador de 21 anos, que entrou ao intervalo, marcou o segundo golo em três jogos pelo Uruguai, seguindo o exemplo dos veteranos Edinson Cavani e Luis Suárez, ambos de 33, que apontaram os outros dois golos, aos cinco e 54 minutos.
Cavani marcou o seu golo 51 na seleção, em 117 jogos, com um remate de pé direito na área, após perda de bola de Yerry Mina e assistência de Nahitan Nández, e Suárez apontou o 63.º, em 116, de penálti, a castigar falta de Murillo sobre Bentancur.
Nos colombianos, que não perdiam um jogo oficial desde o Mundial2018 (1-2 com o Japão), alinharam dois portistas, Uribe até aos 62 minutos e Luis Díaz a partir dos 32.
Nos jogos de quinta-feira, destaque para o empate cedido pela Argentina na receção ao Paraguai (1-1), num La Bombonera sem público, depois dos triunfos tangenciais na receção ao Equador (1-0) e na Bolívia (2-1).
Ángel Romero adiantou os paraguaios, aos 22 minutos, de penálti, e os argentinos, com o benfiquista Otamendi no ‘onze’, empataram aos 41, por Nicolás González. Lionel Messi ainda fez o 2-1, aos 58, numa jogada anulada com polémica pelo VAR.
Por seu lado, o Equador, com o ‘leão’ Gonzalo Plata a partir dos 71 minutos, venceu na Bolívia por 3-2, com Carlos Gruezo a decidir, aos 88, de grande penalidade.
Juan Carlos Arce, aos 37 minutos, e Marcelo Moreno, aos 60, apontaram os tentos dos locais, que chegaram ao intervalo a vencer por 1-0, enquanto Beder Caicedo, aos 46, e Ángel Mena, aos 55, marcaram os outros golos equatorianos.
Após três rondas, o Brasil lidera, com nove pontos, contra sete da Argentina, seis de Equador e Uruguai, cinco do Paraguai, quatro de Chile e Colômbia, um do Peru e nenhum de Venezuela e Bolívia. Os quatro primeiros rumam à fase final e o quinto a um ‘play-off’.
Na próxima ronda, a quarta e última de 2020, marcada para terça-feira, destaque para a receção do Uruguai ao Brasil.
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