Os benfiquistas Nicolás Otamendi e Enzo Fernández, campeões pela Argentina, deram hoje o primeiro título Mundial à I Liga portuguesa, como primeiros futebolistas a vencerem a prova enquanto participantes no campeonato luso.
Em Lusail, no Qatar, o central Otamendi foi mesmo um dos três totalistas da Argentina (690 minutos), enquanto o médio Enzo Fernández começou como suplente, mas assumiu a titularidade ao terceiro jogo, sendo mesmo eleito o melhor jovem da prova.
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Na história, nunca um futebolista a atuar no campeonato luso tinha sido campeão do Mundo, mas cinco pisaram os palcos lusos após chegarem ao título, casos do brasileiro Anderson Polga, dos espanhóis Iker Casillas e Joan Capdevila, do francês Adil Rami e do alemão Julian Draxler, que está atualmente no Benfica.
Polga chegou ao Sporting em 2003/04, para ficar até 2011/12, depois de ajudar o Brasil a chegar ao ‘penta’ em 2002, prova em que alinhou em dois jogos completos, no total de 180 minutos, frente a China e Costa Rica, na fase de grupos.
A época do adeus de Polga foi a da chegada de Capdevila, que pouco contou para Jorge Jesus, na época 2011/12, única no Benfica, após ser totalista, embora sem ser figura de proa, na campanha da Espanha rumo ao seu único título mundial, em 2010.
Companheiro de equipa do lateral esquerdo no Mundial de 2010, o guarda-redes Casillas foi, provavelmente, a maior ‘estrela’ entre os campeões Mundiais que ‘aterraram’ em Portugal, para representar o FC Porto, entre 2015/16 e 2019/20.
Por seu lado, Rami passou pelo Boavista na época 2020/21, ajudando o clube a manter-se na I Liga, depois de em 2018 ter feito parte do elenco francês campeão do Mundo, ainda que sem ter contabilizado qualquer minuto na Rússia.
Na presente temporada, um quinto campeão mundial rumou ao futebol português, o médio alemão Julian Draxler, emprestado pelo Paris Saint-Germain ao Benfica.
Draxler, que ainda não se impôs no conjunto comandado pelo seu compatriota Roger Schmidt, fez parte da seleção alemã que venceu o Mundial de 2014, no Brasil, onde, apenas jogou 13 minutos, mas no jogo mais emblemático da prova, o 7-1 dos germânicos face aos anfitriões ‘canarinhos’, nas meias-finais.
Pelo futebol luso, passaram ainda vários jogadores que não jogaram cá com esse estatuto, conseguindo esse título depois de partirem, casos dos brasileiros Aldair (campeão em 1994) e Edílson (2002) e do espanhol Carlos Marchena (2010), que alinharam no Benfica, e dos também ‘canarinhos’ Branco e Ricardo Rocha (1994), ex-jogadores de FC Porto e Sporting, respetivamente.
Por seu lado, Jupp Heyckens, campeão pela RFA em 1974, foi treinador dos ‘encarnados’ em 1999/2000.
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