O órgão que decidirá os organizadores dos Mundiais de 2018 e 2022 já ficou desfalcado de dois membros, na sequência das suspensões do nigeriano Amos Adamu e do vice-presidente Reynald Temarii, do Tahiti, por três anos e um ano, respectivamente.
As saídas de Adamu e Temarii, por tentativa de venda do seu voto e quebra do código de confidencialidade da FIFA, reduziram a Comissão Executiva de 24 para 22 membros, pelo que serão suficientes 12 votos para qualquer candidatura ganhar à primeira volta.
Caso nenhum dos pretendentes reúna o consenso da maioria dos membros da Comissão Executiva, será necessária uma segunda volta entre as duas candidaturas mais votadas na primeira, tendo o presidente Joseph Blatter o direito de desempatar em ambas.
Portugal não está representado, mas a candidatura ibérica beneficia da posição de vice-presidente do espanhol Ángel María Villar, tal como o inglês Geoff Thompson, enquanto o belga Michel D’Hooghe e o russo Vitaly Mutko também são membros do órgão de cúpula da FIFA.
Entre os candidatos à organização do Mundial de 2022, apenas a Austrália não tem um representante na Comissão Executiva, ao contrário dos Estados Unidos, do Japão, do Qatar e da Coreia do Sul.
Como a FIFA só permite que cada confederação organize o evento uma vez em cada três edições, a África, que acolheu a prova em 2010, na África do Sul, e a América do Sul, que tem no Brasil o anfitrião em 2014, estão impedidos de organizar em 2018 e só os sul-americanos estão afastados da corrida a 2022.
Sem Adamu e Temarii, a Comissão Executiva da FIFA é composta pelo presidente, o suíço Blatter, o primeiro vice-presidente, o argentino Julio Grondona, seis vice-presidentes, 14 membros e um secretário-geral, o francês Jérôme Valcke, que não tem direito de votar nesta matéria.
São estes 22 homens que têm nas mãos a escolha dos organizadores dos Campeonatos do Mundo de 2018 e 2022, cujo anúncio está marcado para quinta-feira, em Zurique, com início às 15:00 (hora de Lisboa).
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