A Itália, tetracampeã mundial de futebol, é a mais credenciada seleção presente no ‘play-off’ europeu de apuramento para o Mundial2022, mas sabe que, em princípio, terá de vencer em Portugal para não repetir o ‘desastre’ de 2018.
Apesar de o programa do ‘play-off’, que atribuiu as últimas três vagas do ‘velho continente’, ainda não contemplar o encontro entre os dois últimos campeões europeus, ele está lá, implícito, já que ninguém acredita que Itália e Portugal não vençam esta quinta-feira na receção a Macedónia do Norte e Turquia, respetivamente.
No caminho C, o conjunto italiano recebe os macedónios em Palermo, enquanto a seleção lusa é anfitriã dos turcos no Estádio do Dragão, no Porto, que poderá também ser palco do Portugal-Itália, em 29 de março.
Em jogo está uma segunda ausência consecutiva da ‘squadra azzurra’, que, ao cair face à Suécia no ‘play-off’ europeu de acesso à edição de 2018 (0-1 fora e 0-0 em casa), falhou a primeira fase final de um Mundial em 40 anos, desde 1958.
Para o ‘play-off’, Roberto Mancini, que em 2021 conduziu os transalpinos à conquista do Euro2020, escolheu 33 jogadores, numa lista de que já teve uma baixa (Di Lorenzo), a adicionar às de Spinazzola, que não joga desde o Euro2020, e Chiesa.
Apesar destas ausências, a Itália apresenta um conjunto fortíssimo, que, apesar de ter ‘tombado’ para o ‘play-off’, não perdeu qualquer jogo no Grupo C de qualificação, somando quatro vitórias e quatro empates, para um total de 16 pontos, menos dois do que a Suíça, que conseguiu o apuramento direto.
Para começar, os campeões mundiais de 1934, 1938, 1982 e 2006 têm de vencer quinta-feira, em Palermo, a Macedónia do Norte, ex-república da Jugoslávia que nunca chegou a um Mundial – esteve no Euro2020, no qual somou três derrotas, em três jogos.
Em caso de triunfo, o ‘onze’ de Mancini jogará na Turquia ou em Portugal, no que seria um embate entre os dois últimos campeões da Europa. É o mais aguardado de todos os possíveis confrontos do ‘play-off’ europeu.
Certo, quaisquer que sejam os resultados, é que não haverá lugar na fase final para a Itália e para Portugal: ou os transalpinos somam o segundo falhanço seguido ou os portugueses o primeiro desde 1998. Ronaldo poderá já ter disputado o último.
Se no caminho C a final parece ‘encontrada’, e tudo parece correr dentro da normalidade, os outros dois estão muito marcados pela guerra, pela invasão da Rússia à Ucrânia.
Devido a esta questão política, no caminho A só se disputará, em Cardiff, o encontro entre o País de Gales, do ‘genial’ Gareth Bale, e a Áustria, de David Alaba, já que a UEFA adiou a receção da Escócia à Ucrânia, a seleção do benfiquista Yaremchuk.
Quanto ao caminho B, só serão disputados dois jogos e já há um finalista, a Polónia, de Lewandowski, que Paulo Sousa abandonou para ir treinar o Flamengo, devido à exclusão, por motivos óbvios, da formação russa.
Na final, os polacos, que em condições normais de deslocariam à Rússia para a meia-final, vão receber o vencedor do duelo entre a Suécia e a República Checa.
Para a fase final, a Europa já qualificou Sérvia (vencedora do Grupo A), Espanha (B), Suíça (C), França (D), Bélgica (E), Dinamarca (F), Países Baixos (G), Croácia (H), Inglaterra (I) e Alemanha (J).
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