O candidato à presidência do Sporting, Godinho Lopes, defendeu hoje a dupla para o futebol da sua lista, Luís Duque e Carlos Freitas, depois do candidato Bruno de Carvalho ter posto em causa o seu desempenho na passagem por Alvalade.
«É um boato dizer que Carlos Freitas contratou 60 jogadores e gastou 70 milhões de euros. Ele contratou 55 jogadores que custaram 55 milhões de euros», esclareceu Godinho Lopes em entrevista à Agência Lusa.
Segundo este candidato, Carlos Freitas «esteve no Sporting entre 1999 e 2008», período durante o qual o clube «ganhou três Supertaças, três Taças de Portugal e chegou à segunda final europeia da sua história».
Godinho Lopes lembrou ainda que, no ano seguinte à saída de Carlos Freitas de Alvalade, o Sporting «ficou em 4º lugar e este ano está à distância pontual que se sabe do FC Porto e do Benfica e com o terceiro lugar em perigo».
«Em 99/00 foram contratados quatro jogadores, André Cruz, César Partes, Spehar e M’Penza. Lembro-me que André Cruz foi decisivo nesse título, tal como César Prates», observou Godinho Lopes, quando confrontado com aquisições falhadas como as de Spehar, Nalitzis, Mahon, Bruno Caíres, entre outras.
O antigo vice-presidente do Sporting alega que uma consulta ao relatório e contas permite verificar que «a diferença entre o valor dos jogadores comprados e vendidos dá sempre um saldo médio positivo de 3 milhões de euros», durante o período em que Freitas esteve na SAD “leonina”.
Por outro lado, o candidato critica os que agora vêm dizer que se gastou muito dinheiro: «Se é feito investimento e se obtém resultados desportivos dizem que se gastou muito dinheiro. Fomos campeões porque houve muito investimento. Mas quando não fomos campeões também se investiu muito».
Considera que é fundamente um projecto desportivo vencedor «para aumentar receitas de publicidade, de sponsorização e merchandising, ingressos de bilheteira, aumento do valor dos camarotes, e para renegociar os direitos televisivos».
Por isso, assegura ter «criado condições, junto de várias entidades», para o Sporting «reviver durante o seu mandato a festa do título de 1999/2000 e deixar o clube independente e com a casa arrumada».
«Não falei só com a Banca, falei com empresários, instituições financeiras diferentes, fundos já existentes de jogadores, para que cada uma dessas entidades me considerasse credível e ao meu projecto, com Luís Duque e Carlos Freitas na SAD», revelou Godinho Lopes, que só então foi ter com aqueles «para lhes dizer que estavam criadas as condições para transformar o Sporting num Sporting vencedor».
O candidato considerou as negociações com a Banca inevitáveis: «Se esta é credora do Sporting não falo com ela? Não é lógico que o fizesse, conhecendo os números, o passivo, as dívidas aos bancos e a fornecedores, até para perceber o que se passava?».
Questionado se não enjeitaria ter assegurado Frank Rijkaard como treinador, como garante ter feito o candidato Dias Ferreira, contrapõe: «Se Frank Rijkaard, que é um nome conceituado, fosse convidado para o Bayern Munique, que vai ficar sem treinador no final da época, ficaria com um putativo candidato a presidente ou com o presidente do Bayern? Não vamos brincar, chegou o momento de falar verdade. Eu não preciso de anunciar nomes para ganhar eleições».
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