Depois de na temporada anterior ter apresentado lucro, o que aconteceu pela segunda vez desde a sua constituição, as contas da SAD do clube lisboeta derraparam, contribuindo para o aumento do passivo em mais de 50 milhões (de 125 051 623 para 178 636 208).
Uma das causas foi a quebra de proveitos com a venda de futebolistas para apenas 5 471 229 e o aumento em quase oito milhões com as contratações, que subiram de 14 832 182 para 22 344 606, na sequência do "reforço do investimento efectuado no futebol profissional" e da aposta de conquista do título português.
Os custos operacionais também ajudam a explicar o resultado negativo da SAD benfiquista, tendo aumentado de 43 659 377 para 59 917 502, destacando-se o crescimento de 10 milhões com a rubrica de custos com pessoal.
Os proveitos operacionais desceram de 49 502 763 nos 11 meses do exercício anterior (devido ao ajustamento dos exercícios económicos à época desportiva) para 46 880 041, o que a SAD "encarnada" justifica com os maus resultados da equipa de futebol e o ambiente económico adverso.
A ausência de três anos da Liga dos Campeões, "que permite um encaixe de receitas na ordem dos 10 milhões de euros caso se atinja a fase de grupos" é uma das razões apontadas pela Administração.
"Os resultados desportivos da equipa principal de futebol, que se viu arredada da discussão do título nacional a partir do início da segunda parte da época e foi eliminada da Taça UEFA na fase de grupos, onde o seu desempenho não atingiu os patamares expectáveis" também explicam o resultado.
Na base do aumento drástico do passivo estão os quase 90 milhões de euros com empréstimos contraídos pela sociedade (89 920 612), tendo os capitais próprios passado de 23 030 653 positivos para 11 825 113 negativos.
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