A decisão do Reino Unido abandonar a União Europeia levou uma série de questões profissionais, nomeadamente no futebol inglês, onde já havia um regime de excepção para cidadãos estrangeiros, mas que agora poderá mudar devido ao Brexit.
O processo de saída do Reino Unido da União Europeia começou na quarta-feira passada, mas o assunto continua a dominar os vários sectores da sociedade britânica, e o futebol não poderia ficar indiferente.
Em declarações à imprensa inglesa, Pep Guardiola abordou o assunto para frisar que não deveria haver um regime de excepção para o futebol em relação aos cidadãos.
"Acho que até os ingleses estão ainda à espera para ver o que vai acontecer com tudo devido ao Brexit. Desde a altura em que o processo é lançado decorrerá um ou dois anos, pelo que veremos o que sucederá", começou por dizer Guardiola na conferência de imprensa de antevisão do jogo de amanhã com o Arsenal.
"Não sei como é que tudo irá acabar, mas se as pessoas não quiserem cá estrangeiros, nós vamos embora. Se não quiserem cá mais estrangeiros, não permitirão. Se o quiserem mesmo fazer... é algo que vão ter de decidir. O que admiro mais na cultura inglesa é que vocês têm o poder de votar e assumem o que votam. Decidem e está decidido. A democracia é isso mesmo", acrescentou o técnico catalão.
"O trabalho e as regras têm de ser iguais para todos. Por que fazer com que o futebol seja exceção, com futebolistas a poderem trabalhar [no Reino Unido] e advogados e arquitetos, não? Porquê? Penso que tem de ser igual, mas, reafirmo, vocês exercem o direito de voto e nem todos os sítios podem fazer isso", sentenciou sobre o assunto Pep Guardiola.
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