Não é novidade para ninguém que José Mourinho não 'morre de amores' por Arsène Wenger. Para o técnico português, tudo se resume a respeito, algo que, na sua opinião, não vê no técnico francês do Arsenal.
"Se ele tiver por mim 50 por cento do respeito que eu tenho por ele, até podemos ser amigos no futuro. Porque tenho muito respeito por ele. Mas a realidade é esta: ele era o campeão no Arsenal, eu cheguei ao país em 2004 e queria roubar-lhe o título. É o futebol", disse o português à 'Sky Sports'.
Apesar disso, Mourinho lamenta que Wenger vá deixar o Arsenal no final desta época.
"Tentei mostrar nestes últimos dois anos que não há problemas, que é um patamar diferente da minha carreira e um perfil diferente. Lamento que depois de Sir Alex, o seguinte grande ícone esteja de saída da Premier League", sublinhou.
Ainda à mesma publicação, o português fez uma espécie de balanço destes dois anos à frente do Manchester United.
"Eu sabia para que clube vinha. Sei que uma coisa é chegar a um clube que está preparado para ganhar e que apenas tens de dar uns últimos toques, a tua qualidade e conhecimento, e esse clube já está pronto para esse último clique. Mas sabia que este não era o caso. Os dirigentes sabiam isso. Por isso a questão foi: neste período da minha carreira, estarei eu pronto para este tipo de trabalho? Sim, estou, porque a minha carreira foi sempre cheia de coisas novas. Sou sempre muito português no sentido em que estou sempre pronto para descobrir e tentar coisas novas, sempre preparado para mudar de país, de clube, de cultura. Fiz tudo isso. Portanto, quando vim para o Manchester United estava preparado para isto e sabia que não haveria um sucesso imediato", declarou.
"Eu fiz tudo isso antes. Por isso, quando vim nesta fase para o Manchester United eu estava preparado para isto e sabia que não seria possível ter sucesso no imediato. Mas, ao invés disso, três troféus, três finais, um terceiro ou quarto lugar, no pior cenário, não é de todo mau", observou.
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