Centenas de adeptos reuniram-se hoje junto de Stamford Bridge, em Londres, antes do jogo Chelsea-Brighton, para expressar a revolta contra a recém-criada Superliga europeia de futebol, da qual os ‘blues’ são co-fundadores.
Cartazes com slogans fortes como "RIP (descanse em paz), futebol 1863-2021", "Criado pelos pobres, roubado pelos ricos" ou "Romano (Abramovich, proprietário russo do Chelsea), tome a decisão certa” deram ênfase à indignação apresentada pelos vários fãs, antes do pontapé de saída entre os londrinos e o Brighton, da 32.ª jornada da Liga inglesa.
Além do Chelsea, também os britânicos do Manchester City, Manchester United, Liverpool, Tottenham e Arsenal, os espanhóis do Real Madrid, Atlético Madrid e FC Barcelona e os italianos do Inter, AC Milan e Juventus divulgaram o projeto na noite de domingo passado, que caiu como uma ‘bomba’ no mundo da modalidade.
Contudo, de acordo com vários meios de comunicação britânicos, quer ‘blues’ quer os ‘citizens’ estariam dispostos a retirarem o apoio à nova prova.
Durante a manifestação, o checo Petr Cech, atual diretor técnico do Chelsea, dirigiu-se aos adeptos na tentativa de serenar os ânimos: “Eu sei, eu sei. Dêem-nos tempo.”
A competição vai ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 – e outros cinco, qualificados anualmente.
A UEFA anunciou que vai excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.
Entretanto, o organismo que rege o futebol europeu anunciou o alargamento da Liga dos Campeões de 32 para 36 clubes, a partir de 2024/25, numa liga única, em que cada equipa joga contra 10 adversários, cinco jogos em casa e cinco jogos fora.
Os oito melhores classificados vão ser apurados diretamente para os oitavos de final, enquanto os classificados entre o 9.º e o 24.º lugar vão disputar um ‘play-off’ para apurar outras oito equipas.
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