“Fizemos uma primeira parte muito má. Não controlámos a ansiedade, pelo momento que vivemos, e isso contribuiu para que a equipa entrasse nervosa e ansiosa e sentimos isso ao fim dos primeiros cinco a 10 minutos. Não conseguimos ser consistentes”, disse António Conceição, após a derrota por 2-1, frente aos “estudantes”.
O técnico dos “azuis” ficou visivelmente abalado com a quinta derrota consecutiva da sua equipa, que não vence há quase seis meses e ocupa o último lugar da tabela, e disse mesmo que esta equipa “tem duas identidades”, lembrando a boa réplica dada ao Benfica (0-1 na Luz), na última jornada.
Apesar da desvantagem na primeira parte, António Conceição ainda acreditou “que a equipa desse a volta ao resultado”, mas os “45 minutos de avanço” dados ao adversário e os “dois golos consentido”, deitaram por terra as esperanças.
“As coisas estão muito difíceis. Temos de encontrar forças, todos unidos, para encontrar o caminho. É um momento triste para o clube e para o grupo de trabalho, mas temos de ser profissionais todos os dias e ter fé. Mas, também temos de ser realistas. A situação está muito difícil. Ainda faltam 30 pontos e temos de acreditar que é possível”, concluiu.
Do lado dos “estudantes”, o treinador André Villas-Boas mostrou-se agradado com a vitória, a segunda consecutiva fora, apesar de “algum sofrimento”, causado pela ansiedade que se apoderou da equipa depois do golo do Belenenses.
“Fizemos uma primeira parte nitidamente superior, mas, depois do 2-1, criou-se ansiedade na equipa, que permitiu a ascensão do Belenenses no jogo”, disse o treinador da Académica.
No entanto, o treinador visitante frisou o bom desempenho da primeira parte, ao nível do que se viu “em Alvalade e no Dragão, para a Taça da Liga”, antes de apontar ao principal objectivo dos estudantes: assegurar a manutenção.
“Este foi um salto importante. Talvez 26 pontos sejam suficientes, ou não. Vamos tentar continuar a pontuar e ambicionar o mais alto possível. Com o Rio Ave, vamos tentar fazer os 26 pontos e depois construir mais qualquer coisa”, realçou André Villas-Boas.
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