A Assembleia-Geral (AG) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) rejeitou hoje a alteração na categorização das provas nacionais disputadas entre 1921 e 1938, mantendo-se a atual contagem de títulos no campeonato e na Taça de Portugal.
Na reunião magna realizada na sede da FPF, na Cidade do Futebol, a maioria dos delegados daquele órgão social federativo opôs-se à recontagem dos títulos (33), rejeitando, desta forma, os três pareceres que tinham sido levados a votação, um dos quais apresentado pelo Sporting.
Dos restantes delegados e sócios, 13 votaram favoravelmente no primeiro parecer, oito votaram a favor do terceiro e apenas um votou no segundo parecer.
O primeiro parecer levado a votação defendia que os vencedores do Campeonato de Portugal entre 1921/22 e 1933/34, e do Campeonato da Liga, disputado em simultâneo, a título experimental, entre 1934 e 1938, fossem declarados campeões nacionais, enquanto os vencedores do Campeonato de Portugal entre 1934/35 e 1937/38 seriam consagrados como vencedores da Taça de Portugal.
O segundo identificava o Campeonato de Portugal como antecessor da Taça de Portugal, que começou a ser disputada em 1938/39, e o Campeonato da Liga como correspondente do campeonato nacional.
Já a proposta apresentada pelo Sporting, que venceu o Campeonato de Portugal em 1922/23, 1933/34, 1935/36 e 1937/38, defendia o reconhecimento destes títulos como de campeão nacional.
Esta competição foi ainda vencida quatro vezes pelo FC Porto (1921/22, 1924,25, 1931/32 2 1936/37), três pelo Benfica (1929/30, 1930/31 e 1934/35) e pelo Belenenses (1926/27, 1928/29 e 1932/33) e uma pelo Olhanense (1923/24), pelo Marítimo (1925/26) e pelo Carcavelinhos (1927/28).
Já o Campeonato da Liga, ou Liga Experimental, foi vencido três vezes pelo Benfica (1935/36, 1936/37 e 1937/38), depois da conquista do FC Porto no ano de estreia (1934/35).
Em 19 de janeiro de 2019, o assunto foi debatido na Assembleia da República (AR), tendo os vários grupos parlamentares considerado que o reconhecimento das edições do Campeonato de Portugal realizadas entre 1922 e 1938 é matéria, dada a sua especificidade, da competência da FPF.
O tema foi levado a debate na sessão plenária na AR sob a forma de uma petição liderada por Alexandre Silva Almeida, com 4.470 subscritores, que pretendia ver reconhecidos como títulos de campeão nacional as 17 edições do Campeonato de Portugal.
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