António Salvador reforçou hoje a ideia de que o Sporting de Braga pode vencer a I Liga de futebol, mas defendeu a mudança de modelo organizativo.
"Sabemos o caminho que temos que fazer, sabemos que temos de preparar uma base de reforços que nos possa permitir estarmos mais próximos dos primeiros lugares e acredito que o título possa chegar nos próximos quatro anos, mas também sabemos que será muito difícil", afirmou à margem da sua tomada de posse.
Lembrou a entrevista recente do presidente da liga espanhola, Javier Tebas, que "disse que o campeonato português é um campeonato falido".
"Temos clubes com orçamentos de 100 e 200 milhões de euros e depois um Sporting de Braga com 12 milhões. Nós fazemos o nosso caminho, mas acho importante que os principais intervenientes do futebol português reflitam sobre isto", disse.
Salvador entende que deve ser seguido o "modelo espanhol" para "criar mais competitividade entre os clubes".
"Temos de pensar no modelo financeiro, os clubes espanhóis andavam falidos, pelas ruas da amargura, e agora ninguém tem dívidas, mesmo as equipas que descem", disse.
Mostrou-se confiante de que o vídeo-árbitro vá melhorar o nível da arbitragem.
"O Sporting de Braga teve 10 pontos subtraídos, mas vamos acreditar que foi um acaso e que a próxima época vai correr melhor, já que também terá novas ferramentas como o video-árbitro. Vamos acreditar que as coisas vão acontecer de forma mais justa e clara", disse.
Referiu que "está tudo tratado" com Battaglia e que Jefferson e Esgaio "vão ser jogadores do Sporting de Braga (...), só falta o anúncio final".
Lamentou ainda que o Conselho de Disciplina tenha recorrido do castigo de Dyego Sousa, reforço que chegou do Marítimo.
"Não contávamos com isto. É de lamentar, é castigar um profissional do futebol, depois de o tribunal ter reduzido a pena, não consigo perceber o porquê do Conselho de Disciplina ter recorrido só para fazer do Dyego Sousa um exemplo. Não foi justo este recurso", considerou.
António Salvador, de 46 anos, é presidente dos minhotos desde fevereiro de 2003 e inicia agora o sexto mandato à frente dos destinos do clube bracarense.
O dirigente foi reeleito presidente do Sporting de Braga para os próximos quatro anos em 27 de maio, tendo alcançado 66,3 por cento dos votos, contra 32,5 por cento de António Pedro Peixoto, que encabeçou a lista B.
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