O Presidente da Comissão de Arbitragem da FPF, Vítor Pereira, apresentou esta sexta-feira o modelo português para a profissionalização dos árbitros de futebol e voltou a frisar o imperativo desta medida para o desenvolvimento das competições internas e externas.
De acordo com o responsável pela arbitragem portuguesa, os nove árbitros internacionais portugueses aceitaram as condições propostas para a profissionalização do sector. Vítor Pereira confirmou que os árbitros portugueses vão passar a ter um salário mensal fixo de 2500 euros, mais um prémio de jogo e um bónus no final da época de acordo com o desempenho e que terá um conjunto de variantes como o ranking.
«Queremos um modelo seguro, desde hoje até 30 de maio e que começará com os nove árbitros internacionais que já aceitaram todas as condições e modelos propostos. A ideia é aumentar para 12 a 14 árbitros internacionais nas próximas épocas e da temporada 2015/2016 para o pleno de 19/20 árbitros internacionais e 10 árbitros assistentes FIFA», afirmou Vítor Pereira em conferência de imprensa.
Vítor Pereira adiantou ainda que os árbitros vão ter um local de trabalho fixo, sendo que o norte o centro de treinos dos árbitros será na Maia e a sul no Monte da Galega na Amadora. No entanto, e apesar da profissionalização, os árbitros portugueses vão ter contratos de prestação de serviços com a Federação Portuguesa de Futebol, que para além do salário fixo mensal irá dar assistência técnica, logística e deslocação para os treinos e jogos. No entanto, os seguros de saúdo e a segurança social não será da responsabilidade da FPF.
«A responsabilidade da FPF será o pagamento a título de prestação de serviços, assistência técnica, logística. As deslocações para os treinos serão incluídas, mas tanto os seguros e a segurança social não serão cobertos pela FPF», revelou Vítor Pereira.
Questionado sobre que garantias poderia dar aos adeptos e aos clubes de futebol sobre eventuais melhorias nas prestações dos árbitros com a profissionalização, Vítor Pereira garantiu o compromisso de todo o setor da arbitragem em melhorar o futebol português, lembrando que a partir de agora os árbitros vão ter mais horas de treinos e outras obrigações para com uma entidade profissional.
«Vamos passar a ter árbitros que em vez das 163 horas de treino semanal vão passar para mais 300 de horas de treinos. O árbitros vão ter de preparar melhor os jogos assim como as equipas que lideram. É a diferença entre os amadores e os profissionais. A garantia é óbvia e é grande o compromisso deles quererem ser melhor e corresponderem às expetativas e acompanhar as exigências do futebol moderno, que é taticamente mais complexo. Assim como a vontade de colocar todo o capital de competência dos árbitros ao serviço da própria competição», referiu Vítor Pereira.
Vítor Pereira revelou ainda que a primeira fase da profissionalização dos árbitros irá arrancar hoje com nove internacionais FIFA. Pedro Proença, Olegário Benquerença, Duarte Gomes, Jorge Sousa, Carlos Xistra, Artur Soares Dias, João Capela, Hugo Miguel e Marco Ferreira são os nove árbitros que integram esta primeira fase de profissionalização, que decorrerá até final da presente temporada.
«É um dia histórico. Isto vai diminuir o erro da arbitragem em Portugal mas não o vai erradicar», considerou Vítor Pereira sobre este novo modelo, que funcionará em regime de prestação de serviços.
Nesta temporada, os nove árbitros serão remunerados com 2.500 euros mensais, mais prémio de jogo e patrocínios das camisolas.
O modelo mudará na próxima época com um ordenado fixo escalonado em três grupos, mais prémio de jogo e bónus de desempenho determinado por critérios técnicos.
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