A União de Leiria está contra a proposta de interdição dos estádios se os jogos forem interrompidos devido ao arremesso de objectos, revelou hoje o director-geral da SAD, Jorge Alexandre.
O novo responsável da SAD leiriense encara o problema como «uma questão de polícia», porque «todos os adeptos são revistados à entrada dos estádios».
«Se isso acontece, é impensável entrarem ‘vary-lights’ e outros objectos dentro dos estádios. Se há revista há entrada, como aparecem bombas lá dentro? É uma questão que ultrapassa os clubes, é uma questão de polícia e que implica ter mais cuidado nas revistas», defende Jorge Alexandre.
O director-geral da SAD diz, por isso, discordar dos castigos aos clubes.
«Concordo que os clubes tenham de fazer tudo para que isso não aconteça. Mas quando os adeptos são revistados à entrada e depois aparecem com os mais diversos objectos dentro do estádio, como é que um clube pode ser responsabilizado por uma coisa dessas? Não consigo entender».
O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) propôs quinta-feira a interdição imediata do estádio se um jogo for interrompido durante mais de cinco minutos devido ao arremesso de objectos.
A sugestão de alteração dos regulamentos avançado por Fernando Gomes vai no sentido da interdição imediata do estádio ou a realização de um a três jogos à porta fechada e multa para os casos em que daquele acto resulte uma interrupção do jogo superior a cinco minutos.
Se a interrupção foi inferior a cinco minutos é proposta a aplicação de uma multa no primeiro jogo e, em caso de reincidência, a realização de um a três jogos à porta fechada ou a interdição do estádio. Se o arremesso de objectos não tiver reflexos no jogo, é proposta apenas uma multa.
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